Laboratório de Robótica da UMinho no mundial de futebol com robôs humanóides 

A Universidade do Minho (UMinho) vai representar Portugal, pela primeira vez, numa competição de futebol com robôs humanoides, a decorrer em Pequim, China, entre os dias 15 e 17 de agosto. De acordo com Fernando Ribeiro, coordenador do grupo, o principal objetivo da equipa do Laboratório de Automação e Robótica (LAR) – UMinho é participar na “investigação e do desenvolvimento da tecnologia” e partilhar conhecimento mais do que somente a competição.

Segundo o docente, a oportunidade de participar neste campeonato foi apresentada ao LAR-UMinho pela própria organização do World Humanoid Robot Game que reconheceu o “currículo e o trabalho do laboratório desde 1998”, e do próprio centro Algoritmi, no desenvolvimento de projetos ligados à robótica e à inteligência artificial.

No total, as 30 equipas, das quais sete são europeias, começam em pé de igualdade, no sentido em que todas usam o mesmo robô – o T1 da chinesa Booster Robotics – mas o fator diferenciador é a estratégia que cada grupo desenvolve. “Toda a estratégia é construída por nós. Desde a localização no campo, os remates, os chutes e passes. Usamos inteligência artificial também na visão, não só para o reconhecimento dos objetos, mas para a posição dos robôs, etc.”, revela Fernando Ribeiro.

Ao contrário dos robôs com rodas, aos quais a equipa já está habituada, estes robôs humanóides requerem outros processos: “do movimento das pernas ao movimento dos braços”. Estes robôs são capazes, até,  de reconhecer os “os seus adversários e robôs da própria equipa”, acrescenta.

“Os robôs humanoides já estão connosco”

Mais do que uma competição de modalidades, na qual o futebol é apenas um de oito desportos, esta é a oportunidade para a equipa participar na “investigação e no desenvolvimento de uma tecnologia” que pode ser escalada para outras áreas como “a indústria, o trabalho doméstico e até mesmo a saúde”.

De acordo com o professor, “os resultados de futebol, se é um 0-0 ou 5-0″ não significa muito. “Para nós, o que importa é se conseguimos localizar os robôs dentro do campo, se conseguimos fazer passos com lógica, se a estratégia funciona, se a localização é mais ou menos precisa”.

Nas palavras de Fernando Ribeiro, “o futebol é apenas um pretexto para unificar os investigadores” que trabalham nestas áreas, partilhar conhecimento, desenvolver e experimentar esta tecnologia.

Os robôs humanoides vão estar connosco no futuro… eles já estão connosco, aliás”, remata.

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José Brás
José Brás

Jornalista na RUM

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