UMinho lança hub para apresentar soluções na área da mobilidade

O TMOB – Transportation and Mobility Research Hub é o mais recente projeto da Universidade do Minho. A plataforma vai ser apresentada, esta quinta-feira, a partir das 14h00, no auditório nobre do Campus de Azurém, em Guimarães, onde ficará instalada.

O hub junta os sete centros de investigação da Escola de Engenharia e aparece como um parceiro dos principais atores nacionais na área, a par de entidades internacionais. Em declarações à RUM, o coordenador, José Campos e Matos, adianta que o objetivo é “desenvolver investigação de uma forma integrada”, além de facultar “serviços que sejam requisitados pelos stakeholders”.

“O projeto foi gerado decorrente de uma necessidade que se foi identificando ao longo dos últimos anos, pela forma como os temas do transportes e da mobilidade deveriam ser geridos, de um modo mais integrado, do ponto de vista técnico e da tipologia de transporte”, refere, dando os exemplos da ferrovia, rodovia, metro e dos sistemas aeroportuário, marítimo e fluvial.

A ligação entre Braga e Guimarães, através de Bus Rapid Transit, e a Linha de Alta Velocidade Lisboa-Porto-Vigo são dois dos maiores projetos pensados para os próximos anos. Tendo em conta a tipologia da plataforma agora criada, capaz de “fazer a ligação” entre a academia e o resto da sociedade, o professor da Escola de Engenheria acredita que poderá ser “extremamente útil”.

A Universidade do Minho, recorda, conta com um histórico de trabalho na área da mobilidade, embora de uma forma “mais isolada”. O Algoritmi, o Centro de Território, Ambiente e Construção, o Instituto de Polímeros e Compósitos, o Instituto para a Sustentabilidade e Inovação em Estruturas de Engenharia, o Centro de Sistemas Microeletromecânicos, o Centro de Engenharia Mecânica e Sustentabilidade de Recursos e o Centro de Ciência e Tecnologia Têxtil integram o hub. 

No global representam 450 cientistas, sendo quase uma centena ligados ao tema da mobilidade. No futuro, antevê José Campos e Matos, a ideia é abrir o projeto a outras unidades orgânicas, visto que a área “não depende só da engenharia”.

Representantes de associações internacionais marcam presença

A sessão de abertura conta com o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), António Cunha, o presidente da Ordem dos Engenheiros, Fernando de Almeida Santos, o presidente do Município de Guimarães, Domingos Bragança, e o administrador dos Transportes Urbanos de Braga, Teotónio dos Santos. Da parte da UMinho participam o vice-reitor para a Investigação e Inovação, Eugénio Campos Ferreira, a vice-presidente da Escola de Engenharia, Lígia Rodrigues, além do coordenador do TMOB-HUB.

De seguida acontecem palestras do presidente da CCDR-N, António Cunha, do presidente do Instituto da Mobilidade e dos Transportes, João Caetano da Silva, do presidente da World Road Association, Nazir Alli, e do diretor executivo da Europe’s Rail Joint Undertaking, Giorgio Travaini. Os territórios, a descarbonização, o triângulo educação-tecnologia-qualidade de vida e a digitalização são alguns temas a abordar.

Após uma pausa, realiza-se, às 17h15, uma mesa redonda com dez figuras neste âmbito, como Paulo Duarte, diretor executivo da Plataforma Ferroviária Portuguesa; Hugo Lopes, diretor para o Desenvolvimento e Sustentabilidade da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL); António Gomes Correia, professor emérito da UMinho; José Gomes Mendes, diretor executivo da Fundação Mestre Casais; e Tânia Cardoso Simões, presidente da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC).

Juntam-se ainda Miguel Campos, presidente da Infraestruturas de Portugal; Ricardo Gomes, vice-presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN); André Santos, product owner da Bosch Portugal; Rui Guimarães, manager da Mota-Engil; e Paulo Humanes, diretor para a Mobilidade do CEiiA – Centro de Engenharia e Desenvolvimento. A moderação é de Diogo Ferreira Nunes, do jornal digital ECO. A sessão de encerramento cabe depois ao presidente da Escola de Engenharia da UMinho, Pedro Arezes.