Felpos de bambo e aloe vera? São as respostas da Fibrenamics ao algodão virgem

Tradicionalmente, os felpos que encontramos para as nossas casas são feitos a partir de algodão. Mas e se pudesse optar por materiais mais sustentáveis e amigos do ambiente? Este foi o desafio da Fibrenamics que em parceria com a Mundo Têxtil conseguiu criar três novas soluções que vão permitir reduzir a utilização de algodão virgem na produção de toalhas, tapetes, entre outros.

O “TerryPlanet”, projeto financiado pelo Portugal 2020 no âmbito do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização e do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, aposta em fibras emergentes e materiais que promovem a economia circular.

Vânia Pais, projet manager da investigação, apresenta as primeiras duas soluções que apostam em felpos constituídos por bambo e cânhamo e outro totalmente produzido a partir de aloe vera. “Conseguimos igualar o desempenho do algodão em termos de absorção da humidade e secagem”, revela ao UMinho I&D.

Outro dos desafios da equipa passou por uma estratégia de economia circular, ou seja, reintroduzir materiais que iriam acabar numa lixeira e produzir novos felpos. “No final, criamos um felpo constituído por material reciclado que conseguiu equiparar-se com um felpo 100% de algodão”, adianta.

Por último, o “Terry Planet” analisou a “estrutura de um felpo” e optou por manipular a estrutura e forma de produção com recurso a uma menor quantidade de algodão. O resultado foi um novo felpo com menos 8% de matéria prima virgem. 

Uma camisola que alerta para ameaças químicas e biológicas? Fibrenamics cria o ´CBPro Uniforms`.

A Fibrenamics desenvolveu uma camisola de proteção ativa contra agentes químicos e biológicos, por tricotagem retilínea, a partir da incorporação de grafeno como agente multifuncional. O ´CBPro Uniforms` consegue detetar de forma instantânea ameaças químicas, no caso das biológicas, as mudanças de cor são observadas depois de 4 horas de contacto.

A convidada desta semana do UMinho I&D, Vânia Pais, explica que além destas propriedades esta camisola possui uma tecnologia que lhe permite mudar de cor, de modo a alertar o utilizador para a presença de perigos.

“Se a pessoa estiver na presença de agentes químicos a camisola irá mudar, de acordo com o PH, de amarelo para laranja, Se o agente for básico passará de amarelo para azul. Desta forma o utilizador pode agir em conformidade com a ameaça”, adianta.

Relativamente às ameaças biológicas, as estruturas fibrosas funcionalizadas conseguem detetar bactérias gram-positivas (Staphylococcus aureus) e bactérias gram-negativa (Escherichia coli), tanto em meio líquido como em meio sólido.

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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