UMinho e Bosch apresentam resultados intermédios do Sensible Car e Factory of the Future

A parceria que liga a UMinho à Bosch, através do projeto Crossmapping  the Future, apresenta, esta quarta-feira, os resultados intermédios dos programas Sensible Car e Factory of the Future, no campus de Azurém. 

Carlos Ribas, representante do grupo Bosch em Portugal, afirmou, na sessão de abertura, que o futuro da mobilidade passará pela “condução autónoma”. Neste sentido, investigadores da academia minhota juntam-se aos recursos humanos da empresa para trabalhar no “desenvolvimento de sensores inteligentes críticos como resposta às capacidades exigidas ao automóvel no contexto da condução autónoma: perceção integral da envolvente, localização precisa e atualizada em tempo real e atuação sem falhas”.

“Há muitos concorrentes a fazer fortes investimentos nesta área, a Bosch também e vai continuar a investir”, revelou Carlos Ribas, admitindo que as equipas de trabalho “ainda não estão muito perto do nível cinco”, altura em que se dará uma ordem ao veículo e ele a cumpre, mas já se “caminha para o fim da terceira”. A parceria, disse, “tem vindo a ser uma referência a nível nacional”. 


O responsável lembrou ainda que “muitas soluções que foram criadas em conjunto, hoje podem ser vistas em veículos na estrada”. No entanto, para fazer a diferença são necessárias parcerias e, neste sentido, realçou, “nada melhor do que as universidades, que são a casa do conhecimento”. “Temos vindo a ganhar muito com esta parceria e acredito que a UMinho também”. Na Bosch “a maior parte” da mão de obra qualificada é Made in UMinho, revelou Ribas, adiantando que “dos 800 licenciados da empresa, 80 a 90% estudaram na academia minhota”. “Queremos continuar a vir buscar talento a esta casa”, finalizou. 

“Aquilo que se está a fazer é exemplar na região, no país e em contextos mais alargados”

“Uma parceria de sucesso”. É desta forma que Rui Vieira de Castro caracteriza a parceria que une a UMinho à Bosch. “Para a UMinho tem sido uma experiência única, com resultados importantes em termos académicos, mas também na criação de emprego altamente qualificado, com resultados muito estimulantes”, afirmou o responsável da academia, denotando também “os resultados positivos para a Bosch”. Para Vieira de Castro, o “mais expressivo dos resultados” passa pela “transformação económica e social da região e do país”. 


“Aquilo que se está a fazer é exemplar na região, no país e em contextos mais alargados. O que às vezes é anunciado como ideal é, afinal, realizável”, referiu ainda o reitor. 

Rui Vieira de Castro diz-se “satisfeito pelo que tem sido possível fazer”, mostrando-se “confiante no caminho de sucesso” que continuará a ser percorrido. 


Durante a manhã são apresentados os resultados do programa Sensible Car. À tarde, as equipas fazem um ponto de situação quanto ao programa Factory of Future, que pretende responder aos desafios da competitividade da empresa na atração dos principais projetos de industrialização de novos produtos do grupo BOSCH, pelo aumento dos níveis de produtividade, eficiência, flexibilidade e qualidade da fábrica. 


O Programa Factory of Future irá gerar avanços científicos e tecnológicos que se irão traduzir num conjunto de processos, sistemas e ferramentas que irão conferir um alto nível de flexibilidade e qualidade, combinada com custos competitivos, às principais operações relacionadas com as diferentes fases de projetos de industrialização.

Recorde-se que a unidade da Bosch em Braga e a Universidade do Minho foram pioneiros na aproximação entre a indústria e a academia em Portugal. Ao iniciarem, em 2013, aquela que seria a maior parceria de inovação no país, estavam a criar um modelo mutuamente benéfico visto no país como um exemplo a seguir. Desde então, cerca de 75 milhões de euros foram investidos na criação de soluções para a mobilidade e indústria conectada, criando conhecimento crítico que contribui ativamente para o aumento da competitividade de Portugal no mercado global.

Com o sucesso das duas primeiras fases, que levou ao desenvolvimento de inovações na área do interface homem-máquina, a Parceria Bosch-UMinho formalizou a terceira fase, que representa um investimento de 35 milhões de euros e a contratação de cerca de 60 novos colaboradores para a Bosch e 70 investigadores para a UMinho. 

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Liliana Oliveira
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