UMinho desenvolve formulário para melhorar rastreamento de casos Covid

A Universidade do Minho está a desenvolver um formulário online para que os alunos positivos à Covid-19 possam notificar com quem e onde estiveram antes do resultado, informou esta quarta-feira o pró-reitor e presidente da Comissão Covid-19, Paulo Cruz. 

“A Universidade tem neste momento em desenvolvimento um formulário – que estará disponível na intranet e no Portal Académico – onde um aluno positivo pode aceder e identificar em que campi esteve, se esteve ou não numa cantina, se vive ou não numa residência universitária, podendo depois revisitar o formulário e informar se já fez um segundo teste e colocar o novo resultado”, explicou Paulo Cruz no decorrer da primeira Covid-i, um conjunto de sessões de esclarecimento online sobre a pandemia promovido pela UMinho.


Segundo o responsável, o formulário será mais uma das ferramentas para que a comissão Covid da Universidade “tenha acesso, a todo o momento, à evolução dos números de uma forma o mais directa possível”. Paulo Cruz aproveitou o encontro para garantir que a situação epidemiológica na comunidade “está absolutamente controlada”, revelando que “um número significativo” dos 47 casos activos conhecidos de infecção tiveram origem fora da Universidade e muitos “foram detectados positivos antes mesmo do ano lectivo começar”.


O pró-reitor reforçou a importância de os estudantes evitarem ajuntamentos fora dos espaços da Universidade, alertando que o eventual encerramento de bares e restaurantes – falou mesmo na possibilidade de existirem cercas sanitárias em Braga e Guimarães – não pode ser substituído “por convívios nos respectivos apartamentos” dos alunos.



“Estudantes são jovens e saudáveis mas não vivem numa bolha” 

A sessão online da Covid-i teve o objectivo de promover esclarecimentos sobre a Covid, dando espaço a questões enviadas pelo público, via whatsapp, ao painel formado pelo pró-reitor Paulo Cruz mas também pelo professor da Escola de Medicina, Alexandre Carvalho.


O docente esclareceu algumas das dúvidas da comunidade estudantil e avisou que o número de contágios tem aumentado desde Setembro devido a “eventos amplificadores”. “São eventos – como jantares, festas ou reuniões familiares – em que estão várias pessoas juntas, num ambiente fechado durante algum tempo, e onde há um ou dois infectados que emitem partículas víricas que levam a uma grande produtividade em termos de infecção. São eventos que alimentaram novas cadeias de transmissão e esta segunda vaga”, enfatizou.


Alexandre Carvalho foi também questionado por um aluno sobre se as limitações impostas aos estudantes, na maioria pertencentes a uma faixa etária de baixo risco, não estarão a ser demasiado restritas e assinalou que os alunos, embora “jovens e saudáveis”, não “vivem numa bolha”.


“Os estudantes contactam com as famílias, com pessoas nas lojas, nos cinemas ou nos cafés que não são fortes nem saudáveis. Os alunos não podem pensar egoistamente que esta doença é benigna, até porque vamos percebendo que há sequelas em pessoas que são levemente sintomáticas ou mesmo assintomáticas”, alertou.

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Pedro Magalhães
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