UMINHO debate conciliação entre a vida profissional, pessoal e familiar

A sétima edição do encontro anual da Qualidade da Universidade do Minho, decorreu esta segunda-feira, no campus de Gualtar.
Refletir sobre o impacto da conciliação entre a vida profissional, familiar e pessoal e a gestão organizacional. Este foi o objetivo do encontro anual da Qualidade da Universidade do Minho (UMinho), que decorreu esta segunda-feira, no campus de Gualtar.
O evento, que reuniu especialistas em bem-estar e profissionais de desenvolvimento humano, vai já na sua sétima edição.
Para o reitor da UMinho, Pedro Arezes, a continuidade desta iniciativa evidencia a visão da universidade, que vai para lá das questões organizacionais. O responsável sublinha que, apesar de “ser um conceito vago e ambíguo”, a felicidade como sinónimo de bem-estar “está absolutamente em linha” com o sistema de qualidade da Universidade. “Existe uma aposta forte desta equipa reitoral e do programa que eu defendi em promover exatamente essas mesmas dimensões da nossa atividade”, refere.
O dirigente máximo da instituição, que tomou posse há menos de duas semanas, aponta que o conceito vai para além da questão salarial e da progressão de carreira, o “que influencia de forma muito evidente aquilo que é satisfação e a motivação das pessoas”, e trabalha a necessidade de “não ter de ler e-mails e responder fora do horário de trabalho”, e em “como combinar as necessidades de apoio à família”, algo que o dirigente trata como “prioritária”.
Segundo o especialista em bem-estar e felicidade, Reinaldo Santos, é essencial que os ambientes profissionais sejam capazes de garantir “segurança psicológica” que os colaboradores possam partilhar sugestões e suas expetativas. Acrescenta que a felicidade é uma “construção individual”.
Para o especialista, que também foi aluno da UMinho, celebra a realização desta iniciativa, por considerar que uma instituição “preocupada com a felicidade é uma universidade que ouve as suas pessoas” e que este é o “local ideal” para debater o que deve ser feito. “Mais cedo ou mais tarde vamos perceber que a felicidade e o bem-estar no trabalho são fundamentais para termos uma sociedade sustentável”, sublinha, alertando que por outro lado, há um grande de superar os ambientes mais formais, hierárquicos” das universidades, por “muitas vezes, a felicidade no trabalho não lidar bem com essas barreiras”.
Este ano, o evento contou com um representante do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC). A instituição conta com o ‘IPVConcilia’, uma estratégia institucional que visa promover a conciliação entre a vida profissional, familiar e pessoal dos colaboradores do Politécnico de Viana do Castelo, como explica a vice-presidente para a Qualidade e Responsabilidade Social, Ana Sofia Rodrigues.
Implementada desde 2008, o sistema tem “vindo a evoluir” e que é um “caminho que se vai construindo”, à medida de maturidade do próprio sistema e às necessidades da própria sociedade e do perfil dos novos colaboradores. Para a responsável, uma instituição “tem de ser capaz de compreender o contexto e adequar referenciais”, por exemplo, de conciliação entre a vida pessoal e profissional. Entre as ações desenvolvidas, estão inquéritos que envolvem familiares dos trabalhadores e antigos colaboradores do IPVC.
