UMinho apresenta inovação que pode reduzir mortes nas estradas e tornas as vias mais verdes

A Universidade do Minho acolheu o workshop ‘Sustentabilidade e Segurança Rodoviária’ organizado pela APCAP. Uma oportunidade de partilhar com os associados das 24 concessionárias e subconcessionárias do Continente, Madeira e Açores, os mais recentes avanços e experiências em termos de tecnologias que prometem ajudar a reduzir as mortes nas estradas.

Em curso estão projetos, por exemplo, de monitorização de CO2 nas autoestradas concessionadas pela Ascendi através do projeto ´Car-Carbon` ou o compromisso ambiental pela parte da Lusoponte com as Salinas do Samouco, em Alcochete. Quando a questão é a recetividade da condução autónoma, um estudo da Brisa, avança que essa taxa é maior junto do público feminino e dos mais idosos.

O secretário-geral da APCAP, Rui Manteigas, destaca um dos projetos que está a ser desenvolvido na UMinho e que já está a ser aplicado nas estradas portuguesas. Trata-se de uma colaboração entre a academia e a Socorpena que incide sobre “Misturas betuminosas recicladas a quente com incorporação de material fresado”. Além disso, a UMinho está também a desenvolver novas valências que, certamente chegarão às estradas portuguesas em breve, em colaboração estreita com a Brisa e a Ascendi.

Os participantes tiveram oportunidade de visitar o CCG – Centro de Computação Gráfica e conhecer o Cave, um simulador 3D que permite realizar testes de perceção e comportamento na ótica do peão, mas também um modelo de condução semi a totalmente autónoma que está a ser concebido em parceria com a Bosch.

Emanuel Sousa, do CCG, explica que com estes simuladores é possível testar “situações e interações de forma segura, algo quer não seria possível num contexto real”, pois iria causar vários constrangimentos. Podemos explorar quer o desenvolvimento de novas tecnologias, por exemplo, para veículos, como analisar aspetos mais fundamentais, a título de exemplo, como é que o ambiente construído influencia a interação entre peões e veículos e pode potenciar ou não situações de risco”, esclarece.

Elisabete Freitas, docente da Escola de Engenharia, está neste momento a trabalhar em projetos em que o foco passa pela diminuição da poluição sonora e na criação de vias mais sustentáveis no que toca à escolha de materiais selecionados, o ´Impact`.

“Tenho desenvolvido muito trabalho no âmbito do ruído produzido pelo pneu-pavimento e o impacto que isso tem na segurança rodoviária, particularmente dos peões, isso mais em âmbito urbano. Tenho também desenvolvido trabalho relacionado com o ruído rodoviário, numa perspetiva de redução do ruído ambiental e que está completamente relacionado com os pavimentos rodoviários, isto numa perspetiva mais funcional, mais relacionada com os utilizadores e com impactos na saúde que são muito relevantes”, refere.

O grande desafio das concessionárias já está identificado e chama-se condução autónoma. A APCAP já realizou três testes piloto na A3, A4 e na CREL. Contudo, falta investimento que atualmente não consta dos contratos de conceção. 

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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