UMinho ambiciona instalar pólo em Vila Nova de Famalicão

A ideia de fazer crescer a Universidade do Minho, com a instalação de um pólo em solo famalicense, foi hoje reafirmada pelo reitor da academia. Rui Vieira de Castro ambiciona “construir a ideia de uma universidade multipolar” e reconhece em Vila Nova de Famalicão “um contexto extremamente favorável à Universidade do Minho”.
O responsável máximo da academia acompanhou o presidente da Câmara de Famalicão, Paulo Cunha, numa visita ao laboratório de formação, investigação e conhecimento na área da Biologia Alimentar e ao centro de investigação na área das micro nanotecnologias, que estão instalados, há cerca de um ano, no Centro de Investigação e Inovação e Ensino Superior de Famalicão, em Vale S. Cosme.
A Universidade do Minho criou em Famalicão dois centros de investigação, que ainda estão em fase de “consolidação”, mas que contam já com um investimento superior a um milhão de euros. Nos dois espaços, estarão, em permanência, cerca de 30 investigadores.
“A intenção de uma presença mais vincada em Famalicão passa pela instalação de unidades de investigação, que possam alicerçar processos de inovação fruto de articulações, que queremos cada vez mais fortes com as empresas. A universidade está a fazê-lo com ambição e não fica satisfeita com dois grupos e trinta pessoas. Queremos mais”, afirmou o reitor.
Centro de investigação da UMinho em Famalicão “está condenado ao sucesso”
Um ano depois da ligação da UMinho a Famalicão, Rui Vieira de Castro ambiciona, “a partir deste polo, aprofundar a rede de relações com o tecido empresarial, cuja actividade é relevante para a própria investigação”. “Estão lançadas as bases fundamentais de um projecto que me parece condenado ao sucesso”.
Para o autarca local, o território saiu a ganhar com a instalação de dois centros de investigação da UMinho, a quem reconhece “credibilidade”. A presença de investigadores, nacionais e internacionais, arrasta consigo “competência e conhecimento”. “Trazemos o maior número de empresas para este processo, para que possam percepcionar os ganhos que podem ter em se associar ao projecto. No entanto, o contexto geográfico onde a investigação acontece também influencia os termos dessa mesma investigação”, acrescentou.
Aproveitando o conhecimento académico, Paulo Cunha espera ver o sector alimentar, em particular das carnes, crescer. “Se conseguirmos associar a capacidade que temos ao nível empresarial a uma forte dinâmica de investigação, estamos a criar condições para que o sector possa crescer e, com esse crescimento, vai melhorar a qualidade, o preço e os meios”, disse o presidente da Câmara.
“Se Portugal ganhar maior quota de presença no mercado a este nível é óbvio que Famalicão ganha, mas o nosso propósito é ajudar o país para que neste sector tenha uma presença forte a nível internacional”, finalizou Paulo Cunha.
