UMinho ajuda CMB a desenvolver “plano pioneiro” de sustentabilidade

Alterações climáticas, degradação ambiental ou desafios sociais são palavras-chave no que diz respeito às preocupações actuais. Há metas ambientais ambiciosas a atingir até 2050 e Braga quer dar, a este nível, passos importantes, “através de um plano estratégico pioneiro para o desenvolvimento sustentável”.
Para isso, a Câmara Municipal junta-se ao conhecimento produzido pela Universidade do Minho, através do Instituto de Ciência e Inovação para a Bio-Sustentabilidade (IB-S). O protocolo de cooperação entre as duas entidades foi formalizado, esta terça-feira, no salão nobre dos Paços do Concelho, em Braga, e o objectivo central é potenciar a qualidade de vida no concelho.
“Os grupos de trabalho estão a ser constituídos, com especialistas da UMinho que, em conjunto com a Câmara vão preparar um documento estratégico”, fez saber o vice-reitor para a Investigação e Inovação, Eugénio Campos Ferreira. A UMinho constribui com “recursos humanos e materiais” para “desenvolver projectos que avançem no domínio do conhecimento e tentem captar financiamento para o seu desenvolvimento”.
O plano, diz o presidente da autarquia, é pioneiro e visa encontrar soluções “que tragam para Braga boas práticas que existem à escala global e que ajudem outros terrirórios a replicar novas soluções que possamos desenhar aqui”. Entre as prioridades estarão “a gestão da água, alterações climáticas, qualidade de vida urbana, qualidade do ar ou manutenção do ruído”. “Na esfera municipal, vamos envolver os TUB e a Agere, que têm um papel fundamental nestes objectivos”, afirmou Ricardo Rio, que conta ter algumas respostas concretas dentro de “alguns meses”.
O autarca lembra que “no índicie de desenvolvimento sustentável, Braga já está entre os melhores municípios a nível nacional”. Ainda assim, está “àquem daquilo que gostariam em termos de resultados concretos nestas áreas”.
“Ja há outros projectos que foram desenvolvidos entre a Câmara e a UMinho e que podem ser um apoio importante, como os laboratórios para a descarbonização e inovação urbana. Queremos envolver cada vez mais os centros de conhecimento, nomeadamente as áreas multidisciplinares do IB-S, na formatação das políticas públicas com vista a obter resultados concretos relacionados com a sustentabildiade”, apontou Rio.
Para Eugénio Campos Ferreira, vice-reitor da UMinho para a Investigação e Inovação, trata-se “de um protocolo da maior importância”. “Vivemos numa era em que as questões ligadas à emergência climática e aos problemas ambientais estão na ordem do dia, pelo que em boa hora as duas instituições vão tentar responder ao desenvolvimento de um plano estratégico que vai endereçar estas questões”, finalizou.
