“Ultrapassaram-se os dados mais otimistas para a taxa de abstenção”

O Movimento Cidadania Contra a Indiferença congratulou-se esta segunda-feira com a redução da taxa de abstenção em território nacional para os 33,8%, menos oito pontos percentuais face a 2022, a mais baixa desde 1995. Sublinhe-se que Braga foi o distrito do país onde a taxa de abstenção foi mais baixa. Dos 780.163 inscritos, votaram 556.367, ou seja, a taxa de abstenção foi de 28,69%. Segue-se o Porto, com 29,95%.
O movimento que surgiu em Braga tem como objetivo apelar à participação nos atos eleitorais e, em simultâneo, contribuir para reduzir as taxas de abstenção no país. Em declarações à RUM, o porta-voz, Paulo Sousa considera que foi dada “uma grande lição do exercício de cidadania e política ativa”.
“Compareceram em massa, ultrapassando até os dados mais otimistas e nenhum comentador se atreveu até ao dia de ontem pensar que se podia atingir um valor tão baixo”, disse, referindo-se aos “portugueses e portuguesas, nomeadamente os que vivem na área de influência do movimento cidadania contra a indiferença”.
Para Paulo Sousa, esta deslocação superior ao habitual às urnas “demonstra que as pessoas estiveram atentas, se informaram e acharam que era o momento de se dirigirem às urnas”.
Paulo Sousa recorda que já em 2022 se verificou uma redução da taxa de abstenção de 5%. Agora são oito pontos percentuais de diferença, dado que comprova “que vale a pena continuar a trabalhar, que vale a pena continuar a insistir no envolvimento transversal nesta responsabilidade coletiva, não só de um direito como de um dever constitucional”. “É uma esperança muito pessoal de que se repita esta disponibilidade para o próximo ato eleitoral, que serão as europeias a 9 de junho”, finaliza.
