TUB deixaram de cobrar estacionamento à superfície

Os Transportes Urbanos de Braga (TUB) deixaram de cobrar o estacionamento à superfície. A garantia foi deixada à RUM, pelo administrador da empresa municipal.

Apesar de Ricardo Rio ter garantido, a 17 de Março, que o estacionamento continuaria a ser cobrado por forma a não incentivar a afluência de mais pessoas à rua, Teotónio dos Santos garante que tal não aconteceu. “Quem circula na cidade vê que há muito menos movimento de pessoas e de veículos, a cidade está praticamente parada”, frisou.

Sem estacionamento, avenças, passes e alugueres, em Abril, “a receita está reduzida a zero”.

“Vai ter um impacto brutal, porque vivemos dos títulos de transporte que vendemos. Em Março ainda conseguimos vender, mas em Abril as pessoas já não são obrigadas a carregar o passe”, justificou Teotónio dos Santos.

Apesar das dificuldades impostas pela pandemia, o administrador assegura que “não quer mandar ninguém embora”. “Estamos a prepara-nos para fazer face aos compromissos que temos mês a mês, como os salários e pagamentos a fornecedores. Temos tudo em dia e queremos continuar assim”, afirmou.

Segundo Teotónio dos Santos, não é ainda possível “ter uma informação real sobre o impacto ao longo do ano”, mas, garante, “bom não vai ser certamente”. “Mesmo que a situação seja retomada e voltemos a operar normalmente, a procura vai crescer de uma forma gradual”, explicou.

Teotónio dos Santos garante que o investimento previsto para a empresa municipal “continua em curso”. “Já nos tínhamos financiado para fazer esses investimentos e não mexemos nessas verbas”, garantiu.

“A procura reduziu substancialmente”, avançou o administrador dos TUB, dando conta de que “nos dias úteis” a empresa está a “operar como a um sábado e ao fim-de-semana está a operar como a um domingo”. “Neste momento, estamos a operar com 49,7% da oferta de um dia útil escolar de inverno”, acrescentou.

Actualmente, avançou Teotónio dos Santos, a situação na empresa municipal tem que ser gerida diariamente, acompanhando questões práticas como o funcionamento das fábricas no concelho. “Implementaremos todas as medidas necessárias para prestar um serviço aos cidadãos que precisam, mas também que nos possa salvaguardar em termos económicos”, finalizou.

Os Transportes Urbanos de Braga ainda não decidiram se, em Maio, os passes voltarão a ser cobrados, estando a decisão dependente da evolução da pandemia, que, garantem, “estão a acompanhar”.

*Com Pedro Manuel Magalhães