Transtornos mentais aumentam nas crianças de Guimarães. Autarquia está alerta

Os problemas de saúde mental nas crianças de Guimarães estão a aumentar, situação que a autarquia diz ser “preocupante”.
No final da última reunião de executivo, na segunda-feira, a vereadora da educação, Adelina Paula Pinto, anunciou os resultados preliminares de um rastreio que está a ser levado a cabo pelo município, desde fevereiro, para avaliar a saúde mental de crianças entre os 3 e os 10 anos durante o período da pandemia da Covid-19.
De acordo com a autarca, os resultados indicam que “30%” das crianças que responderam ao inquérito, através dos pais, estão “sinalizadas com problemas de saúde mental”, muitas das quais estão já a ter acompanhamento psicológico e até psiquiátrico.
“São miúdos que querem ficar em ensino doméstico, que têm medo de brincar com os colegas, ou que rejeitam sair de casa. É uma situação que nos preocupa”, alertou Adelina Paula Pinto.
No rastreio, as crianças estão divididas por três grupos, consoante o grau de gravidade dos problemas de saúde mental. No primeiro, menos grave, o município está a pensar em desenvolver “atividades lúdicas, através da arte e do desporto” para atrair o regresso das crianças às escolas.
Já no segundo grupo, que identifica crianças que “já não dormem de noite”, a resposta passa pelo “acompanhamento psicológico” através da Associação de Psicologia da Universidade do Minho (APsi-UMinho), e no terceiro grupo, menor mas composto pelas crianças com problemas mais graves, a solução será mesmo o “encaminhamento para a pedopsiquiatria”.
O objetivo do município é fazer com que as crianças do primeiro grupo “não avancem para o nível seguinte” e que os seus problemas mentais “sejam resolvidos rapidamente, através da catarse”.
O rastreio para sinalizar problemas de saúde mental nas crianças do concelho de Guimarães ainda decorre. Está disponível no site do laboratório colaborativo ProChild, uma das estruturas parceiras do município vimaranense na realização do rastreio, a par da Apsi-UMinho e do Centro de Investigação em Psicologia da Universidade do Minho (CIPsi).
