Transição energética “não passa por este tipo de central fotovoltaica”

O PAN critica a postura da Câmara de Famalicão relativamente ao licenciamento da Central Fotovoltaica, em Outiz/Vilarinho das Cambas. A instalação da central fotovoltaica levou ao abate de mais de 300 árvores.

Sandra Pimenta, porta voz da concelhia, estranha a rapidez com que a autarquia tratou deste processo, uma vez que “a declaração de interesse público municipal foi aprovada em reunião de Câmara em dezembro de 2020 e em Assembleia Municipal em janeiro de 2021, e, segundo o SEPNA – Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente -, a autorização para o abate de sobreiros ocorreu a 19 de julho, sendo que a licença foi emitida a 25 de julho”. “Qual o interesse em licenciar tão rapidamente?”, questiona a representante.

O Partido diz ter enviado, desde julho, cerca de 40 perguntas à autarquia famalicense, não tendo recebido qualquer resposta. “Temos um procedimento administrativo com um impacto ambiental enorme, sem termos conhecimento publico dos pareceres das entidades”, criticou ainda Sandra Pimenta.

O PAN vai mais longe e compara a central fotovoltaica que vai nascer em Famalicão com um projeto semelhante apontado a Valongo. “Em Valongo, a Câmara mostrou-se contra a instalação de uma central fotovoltaica, que diz ter impactos ambientais gravíssimos, decorrendo agora uma consulta pública”, apontou.

Sandra Pimenta diz ainda que a transição energética “não passa por este tipo de central, que vai ter impactos gravíssimos no ambiente e na biodiversidade”. “Esta central vai ter impacto zero nas faturas dos famalicenses”, afirmou ainda. A Comissão Política Concelhia do PAN marcou presença, este sábado, na ação organizada pela Associação Famalicão em Transição, em Outiz, onde foram abatidas cerca de três centenas de árvores para a instalação da central fotovoltaica. 

A RUM tentou obter mais esclarecimentos junto da Câmara Municipal de Famalicão, mas ainda não obteve resposta.