Trabalhos da nova ETAR começam nas próximas semanas na zona da Quinta das Portas

Os trabalhos tendo em vista a nova ETAR de Braga [ETAR do Este] vão começar pelo coletor entre a Quinta das Portas e Celeirós e a conclusão do equipamento continua a ser apontada para o final de 2025 e ou início de 2026.

Na noite desta terça-feira, em entrevista ao Campus Verbal, na RUM, o presidente do Conselho de Administração da AGERE, Rui Morais, reafirmou que os trabalhos arrancam “nas próximas semanas” e que os atrasos estão relacionados com questões burocráticas alheias à administração da empresa. Os primeiros trabalhos estão relacionados com “o coletor que vai desde a zona da Polícia Judiciária, na Quinta das Portas, até Celeirós”, e sustenta que a maior complexidade de uma ETAR não está relacionada “com a obra de construção civil”, mas sim com “a análise de equipamentos e de tecnologia”, processo que foi sendo “aproveitado” no último ano, enquanto a empresa aguardava pela resposta da Agência Portuguesa do Ambiente ao estudo de impacto ambiental, cujo envio para a APA aconteceu em março de 2023 e a resposta chegou apenas em fevereiro deste ano.

De acordo com o relatório, a AGERE necessitará apenas da apresentar um projeto de replantação de sobreiros no terreno onde será construída a ETAR do Este. Com um investimento total estimado em 30Milhões de Euros, o administrador reafirma que estão assegurados pelo menos 9ME de fundos comunitários, desmentindo, de novo, declarações dos vereadores do Partido Socialista que sistematicamente têm referido que os 9ME foram “desperdiçados” pela atual gestão camarária. “Efetivamente não vamos ter os 9ME ao nível do programa 2020, mas vão transitar para o 2030. Temos tido reuniões com a CCDR-N. Estamos apenas à espera do governo que terá de aprovar o regulamento de transição do programa 2020 para o programa 2030”, esclarece.

E apesar da sobrelotação da ETAR de Frossos, o presidente do conselho de administração garante que não há descargas no rio Cávado que não cumpram com os parâmetros definidos pela APA. Rui Morais admite “dificuldades porque a ETAR de Frossos atingiu o seu limite”, mas sustenta que “nunca houve uma descarga no domínio hídrico que não cumprisse os parâmetros definidos com a Agência Portuguesa do Ambiente”. O responsável vai mais longe e afirma que “a operação tem cumprido as suas obrigações” ainda que “crie uma pressão demasiado grande sobre a infraestrutura da ETAR”. Não esconde também que a situação “preocupa” já que existe “o risco de algum dia poder falhar”.

Já questionados sobre os procedimentos desencadeados nesta fase de sobrelotação, Rui Morais explicou o processo que passa pela intensificação de químicos de acordo com as necessidades. “Várias vezes no tratamento da operação poderemos ter de agir mais quimicamente ou menos, em função das necessidades, sendo certo que, infelizmente, nas águas pluviais interligadas com as águas residuais, muitas vezes o que chega à ETAR chega já num grau de diluição bastante acentuado”, detalha. No entanto, sublinha, “tecnicamente tem sido possível assegurar e suportar dentro da estrutura da Etar”.

Notícia em Atualização


OUVIR ENTREVISTA COMPLETA DE RUI MORAIS AO CAMPUS VERBAL

Partilhe esta notícia
Elsa Moura
Elsa Moura

Deixa-nos uma mensagem

Deixa-nos uma mensagem
Prova que és humano e escreve RUM no campo acima para enviar.
Music Hal
NO AR Music Hal A seguir: Espaço RUC às 07:00
00:00 / 00:00
aaum aaumtv