“Todos nós, investigadores de nanociência, soubemos da abertura do INL”

Clivia Sotomayor Torres, diretora-geral do INL, confessa à RUM que apesar de nunca ter trabalhado no Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia no passado, enquanto investigadora, o surgimento do INL, em 2009, foi um marco para a comunidade de investigadores da área da nanotecnologia. 

Na primeira grande entrevista concedida à RUM enquanto diretora-geral, cargo que assumiu há um ano, a investigadora de nacionalidade chilena recordou que o equipamento surgiu como um sonho entre Portugal e Espanha. “Creio que todos os que estávamos a fazer investigação em nanociências na Europa soubemos do começo do INL. Em Espanha houve destaque porque era um sonho entre Espanha e Portugal”, disse. Ainda nos seus primórdios, a investigadora, com um percurso profissional internacional que a levou ao Reino Unido, Alemanha, Irlanda e Espanha, fez uma primeira visita ao INL a propósito de uma reunião científica. “Acompanhei o INL quando foram lançados os laboratórios de microscopia eletrónica, a sala branca e também alguns resultados científicos no âmbito de projetos apoiados pela EU. Aí percebi que havia equipamentos de ponta, o que me alegrou”, revelou ainda.

A nanotecnologia é um conceito que existe há mais de 25 anos. É uma ciência que se dedica ao estudo da manipulação da matéria numa escala atómica e molecular lidando com estruturas entre 1 e 100 nanômetros. Pode ser utilizada em diferentes áreas como, a medicina, eletrónica, ciência da computação, física, química, biologia, engenharia dos materiais e engenharia da computação.

O princípio básico da nanotecnologia é a construção de estruturas e novos materiais a partir dos átomos.