Theatro Circo centra programação de 2020 em artistas a residir em Portugal

Paulo Brandão considera que a música portuguesa nas salas de espectáculo tem sido valorizada, mas pode ganhar outra importância em 2020, com a pandemia da covid-19. As salas começam finalmente a programar, mas para um público limitado e com um foco nos artistas residentes em Portugal. Em Braga, o Theatro Circo é exemplo disso.

Com a reabertura ao público há precisamente uma semana, Paulo Brandão lembra que “há muita coisa” para explorar, sugerindo aos programadores “atenção”. O director artístico refere que a música portuguesa “pode ter aqui um momento bom”.

Numa análise aos desafios dos próprios programadores das salas de espectáculo, Brandão admite que até se realizem “o mesmo número de concertos” já que “há menos oferta internacional”.

“Tens que programar mais bandas portuguesas e vais descobrir outras coisas que se calhar não programavas na tua estrutura porque não havia oportunidade”, argumenta.

Paulo Brandão sublinha, no entanto, que no caso do Theatro Circo é preciso “programar dança e teatro”, artes de palco mais desafiantes na era covid-19.

Paus no Theatro Circo na noite desta quinta-feira

Num conceito mais intimista e numa sala despida, o Theatro Circo recebe esta quinta-feira à noite Paus.

A banda lisboeta actua a partir das 21h10 e o concerto não dura mais do que uma hora.

Uma fase de transição em que a programação é inteiramente dedicada a artistas a residir no nosso país e em que a lotação da sala está limitada a 400 pessoas.


Theatro Circo não vai ter artistas internacionais “pelo menos em 2020”

O programador do Theatro Circo afirma que vai ser difícil programar para o que resta do ano. “Há muitas coisas que é preciso reprogramar, mas muita coisa mudou para nós e para os artistas”, lembra. Paulo Brandão refere que com o teatro encerrado em Agosto, a incógnita está no mês de Setembro.

Paulo Brandão admite que em 2020 e em 2021 não pretende contratar artistas estrangeiros. “Qual é a diferença entre o momento em que vivemos e o próximo ano, sem uma vacina ou um tratamento? Está tudo igual”, declara. Com uma plateia obrigatoriamente reduzida e uma dinâmica diferente na cidade, no país e no Mundo, o programador alerta para os desafios futuros, assumindo que a opção terá que passar obrigatoriamente por artistas a residir no nosso país, dando o exemplo do cartaz “7 Quintas Felizes”.

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Elsa Moura
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Carolina Damas
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