“Temos assistido em Lisboa a uma concentração de pessoas acima do desejável”

A directora-geral da Saúde mostra-se apreensiva em relação ao cenário verificado na região de Lisboa e Vale do Tejo. Na conferência de imprensa sobre o estado da Covid-19 em Portugal, esta sexta-feira, Graça Freitas alertou os cidadãos para os riscos que os seus comportamentos podem ter.

Pelo quinto dia consecutivo, o número de novos casos subiu, sendo que 323 das 350 infeccões verificadas nas últimas 24 horas registaram-se no território supracitado. Para a responsável da DGS, a situação em Lisboa e Vale do Tejo é “complexa”, explicando que existem “diversas causas”. “Temos seis grandes obras que concentraram cerca de 130 doentes. Temos também 340 casos identificados em empresas”, refere.


Apesar de uma fatia considerável estar ligada à actividade laboral, Graça Freitas alerta que “o padrão em Lisboa é de jovens adultos e que nem todas as situações têm a ver com empresas ou obras”. “Há uma tendência para aliviar o comportamento”, alerta.

A directora-geral da Saúde reconhece que “não se está a conseguir controlar o risco de as pessoas se poderem juntar em espaços, nomeadamente em cafés, onde há grandes concentrações em alguns concelhos, e mesmo ao ar livre”. “Sempre elogiámos o comportamento cívico das pessoas, mas, de facto, temos assistido, nos últimos dias, na região de Lisboa, a uma concentração de pessoas acima do que seria desejável”.

Num apelo mais direccionado aos jovens adultos, Graça Freitas reforça a ideia de que, apesar dessa população normalmente não apresentar sintomas ou apresentar sintomas ligeiros, “numa cadeia de transmissão pode ser apanhado um doente ou um idoso” e que aí “o desfecho pode ser negativo”. “É um assunto muito sério”, finaliza.

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Tiago Barquinha
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