Tech Alliance. Institutos do Norte juntos em prol do desenvolvimento

Foi dado o primeiro passo para a constituição da Tech Alliance, esta quinta-feira, no campus de Azurém da Universidade do Minho. Trata-se de um consórcio entre oito entidades ligadas à ciência e ao desenvolvimento tecnológico da região Norte das quais seis fazem parte da academia minhota.

Este consórcio é constituído pelo DTx, CEiiA, 4LifeLab, Centro de Computação Gráfica, DONE Lab, Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros, Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde e Centro Clínico Académico.

Esta união de forças irá, de acordo com Ricardo Machado, presidente do DTx, contribuir para o desenvolvimento de um trabalho “bastante mais interessante e capacitador de intervenção nos desafios da sociedade”. Em conjunto através de um trabalho complementar, estes centros irão dar respostas quer nas áreas dos polímeros, como da saúde ou mecânica.

Recorde-se que o trabalho conjunto de alguns destes centros da região Norte deu origem, durante esta pandemia, ao primeiro ventilador português, o Atena.

Aos microfones da Universitária, o reitor da UMinho declarou que esta é uma oportunidade de criar “sinergias” e de potencializar recursos. Para Rui Vieira de Castro este consórcio “é um excelente exemplo daquilo que podemos (UMinho) vir a fazer para melhor nos virmos a posicionar neste quadro desafiante”, nomeadamente, na cativação de financiamento no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência.

As instituições de ensino superior vão poder concorrer a um programa que irá disponibilizar um total de 930 milhões de euros através das agendas mobilizadoras. Estas visam combinar o conhecimento das universidades com o das empresas. Para tal são necessários projectos maduros em quatro blocos: resiliência, transição climática, transição digital e recomendações 2019/2020.

Na óptica de Rui Vieira de Castro a UMinho tem “saber acumulado”, a título de exemplo, nas áreas da robótica, economia azul e mobilidade. Conhecimento esse que a academia quer “colocar ao serviço do país”.

Neste momento a Tech Alliance está, devido à pandemia de Covid-19, mais direccionada para os desafios no sector da saúde. Segundo Ricardo Machado o consórcio está já de olhos postos num equipamento que poderá, a curto médio prazo, dar respostas a vários sectores através da conjugação de tecnologias.

Este capacete que está a ser idealizado para ser prático, leve e confortável poderá permitir “proteger, ver e interagir com o ambiente ou analisar materiais”. Já no contexto da saúde pode vir a ser uma resposta para cirurgias complexas e de precisão.

Manuel Heitor, Ministro da Ciência Tecnologia e Ensino Superior, felicitou no seu discurso os oito centros que criaram esta “aliança tecnológica” que une Braga, Guimarães e Matosinhos. Uma forma de aumentar a competitividade nesta região.

O responsável aproveitou a ocasião para desafiar esta Tech Alliance a desenvolver não só respostas na área da saúde como da mobilidade e no sector aeroespacial que também atravessam grandes desafios. 

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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Carolina Damas
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