Taxa de saneamento. Concelhia da CDU aplaude recuo da CM Guimarães

A concelhia de Guimarães da CDU considera que a mudança de posição da autarquia em relação ao aumento da taxa de saneamento foi “acertada”. Na reunião de câmara realizada esta segunda-feira, o executivo aprovou a proposta que anula a decisão tomada na sessão anterior sobre o tarifário da Vimágua para o próximo ano.
Em causa está o agravamento de 2,98% da taxa de saneamento cobrada à empresa municipal pela Águas do Norte, que iria implicar um custo acrescido de 34 cêntimos para os habitantes de Guimarães, motivando, desde logo, contestação por parte da oposição.
Para Simão Fernandes, esta alteração de estatégia “vem dar razão à luta das populações que a CDU acompanhou e apoiou”. O comunista considera que, em tempo de pandemia, “quando as autoridades sanitárias recomendam mais higiene e a frequente lavagem das mãos, o aumento da taxa de saneamento iria repercutir-se no aumento da fatura da água e encaminhar as pessoas para não acatar as recomendações do governo”.
Por outro lado, o responsável pela concelhia de Guimarães do PCP, que integra a CDU, refere que “todo e qualquer aumento do custo de vida contribui para piorar as condições da população, que já é muito difícil”, aludindo ao período que se vive.
A situação foi espoletada pelo agravamento da taxa de saneamento cobrada à Vimágua pela Águas do Norte, uma medida que a coligação de esquerda critica. “A Águas do Norte, entidade que age na gestão de um serviço público, tem modos e tiques característicos das empresas privadas e não de empresa de capitais públicos”.
Como agora não haverá um aumento do preço a pagar pelos contribuintes, a autarquia decidiu atribuir uma compensação financeira à Vimágua no valor de 270 mil euros. No entender de Simão Fernandes, essa opção também não se justifica, já que “as contas da empresa municipal estão equilibradas”.
