‘Super-heróis’ surpreendem crianças internadas no Hospital de Braga

“O Homem-Aranha era o mais trapalhão de todos, mas a Mulher Maravilha e o Batman também eram”. Matias e as outras 12 crianças internadas no Hospital Braga foram surpreendidos esta quinta-feira por três ‘alpinistas’ mascarados de super-heróis.
A partir do telhado do edifício, a 25 metros de altura, desceram ao quinto piso, onde está instalado o serviço de Pediatria. “Eles apareceram atrás de uma janela”. Frente-a-frente com as crianças, mas com um vidro a separá-los, a comunicação foi feita através de gestos e de mensagens escritas.
Matias confessa que “não estava nada à espera” que os ‘super-heróis’ os fossem visitar. Deu-se, assim, a coincidência de que no momento da surpresa a criança de oito anos já tivesse vestido o pijama de outro super-herói, neste caso do Super-Homem. “O Matias podia ser perfeitamente o quarto elemento”, refere a mãe.
Para Anabela Paturro, este foi “um dia muito especial”. “Ele está a recuperar de uma cirurgia e hoje [quinta-feira] começou a andar. Vê-lo tão animado e sorridente a olhar para os três super-heróis foi fantástico”.
Apesar de (ou por) ser o mais trapalhão, através de uma votação, as crianças escolheram o Homem-Aranha como a sua personagem preferida. “Ele ganhou porque tinha a cara toda tapada”, justifica a derrota a Mulher Maravilha, em jeito de brincadeira.
Num tom mais sério, Joana Oliveira refere que é “muito gratificante ver o sorriso do outro lado”. “Faz-nos o dia e
enche-nos o coração”, complementa. A iniciativa, em que também participaram Hélder Ribeiro (Batman) e Sérgio Matos (Homem-Aranha), foi desenvolvida pelo Braga Retail Center, em parceria com o Hospital de Braga. Os ‘super-heróis’ deixaram ainda livros infantis e um estojo com lápis de cor como prendas de Natal.
Para a directora do serviço de Pediatria, acções como esta são “muito importantes” porque neste momento “não há a possibilidade de visitas, a não ser o acompanhamento dos pais ou do responsável legal”. “Além disso, nós temos salas de actividades que agora não podem ser usadas em contexto de pandemia. Por isso, isto dá muito ânimo às crianças”, acrescenta Almerinda Barroso Pereira.
