‘Suelen Estar Quartet’ em nova leitura de Caroline Shaw esta sexta-feira no Theatro Circo

Sem partituras, influenciados por estilos musicais como o free jazz, música contemporânea e eletrónica, com a improvisação como a principal linguagem. Assim apresenta-se o grupo galego ‘Suelen Estar Quartet’ que sobe ao palco da sala principal do Theatro Circo, esta sexta-feira, pelas 21h30, para reinterpretar as obras da compositora americana Caroline Shawn.
Para este concerto, parte do ciclo ‘Contraponto’, dedicado à composição dos séculos XX e XXI, o grupo apresenta uma ‘Metamorfose’ que faze referência “à transformação” e à experimentação”, como conta aos microfones da RUM, María José Pámpano. A violinista, ao lado de Elena Vázquez, no violino, Macarena Montesinos, no violoncelo, e Saúl Puga, no contrabaixo, teve adaptar os arranjos originais da compositora para o estilo mais “improvisado” do grupo.
O nome do concerto, ‘Metamorfose’, revela, surge da necessidade de “encarar” uma partitura mais definida, além de fazer uma “transformação” nas músicas para permitir que os músicos pudessem trabalhar a experimentação. Por ser uma formação que “difere um pouco do quarteto clássico”, como sublinha María José Pámpano, foram realizadas algumas mudanças na escolha dos tempos, de algumas repetições “que podem ser aleatórias” e da escolha de notas, nada que atrapalhe o diálogo do coletivo, que está junto desde 2011. “Estamos muito habituados a comunicarmos através da linguagem experimental, então, respondemos muito rápido ao que o companheiro faz”, refere.
Para o espetáculo no Theatro Circo, a violinista espera que o público consiga desfrutar a “poesia sonora” de Caroline Shaw e deixe a “imaginação voar”. “Espero que este espetáculo realmente sirva para reafirmar essa ideia de que os concertos ainda seguem a ser lugares um pouco sagrados”, finaliza.
