S.TO.P garante que progressão dos professores não será afectada

A avaliação e a progressão da carreira dos professores não vão ser prejudicadas no período de pandemia. A garantia foi dada pelo Governo ao Sindicato de Todos os Professores (S.TO.P), que esteve reunido esta quarta-feira por vídeo-conferência com os secretários de Estado da Educação.
Apesar de ainda não haver uma comunicação oficial por parte do Governo sobre o funcionamento do terceiro período escolar, que só é feita amanhã, ao que tudo indica, o ensino vai funcionar à distância. Isso faz com que alguns docentes, que tinham aulas assistidas marcadas para essa fase do ano lectivo, assim como formações, necessárias para as progressões nas carreiras, não possam acontecer.
No entanto, em declarações à RUM, o porta-voz do S.TO.P adianta que o Governo vai “salvaguardar” essas situações, garantindo que “nenhum professor vai ser prejudicado”. A confirmarem-se as aulas à distância, André Pestana antevê que não seja possível cumprir na íntegra com os planos de estudos inicialmente elaborados. “Mesmo que haja aulas online, nunca vai ser o mesmo ritmo do que se fossem dadas aulas presenciais”, refere.
Nesse sentido, de acordo com o coordenador do S.TO.P, o Governo indicou que haverá “medidas de compensação para os vários níveis de ensino para o próximo ano lectivo, sem especificar quais, de forma a tentar recuperar matérias que não forem dadas devido à pandemia”. Outra das questões relativas aos professores que o Governo vai “tentar salvaguardar” é a protecção de dados e de imagem, já que as aulas serão dadas online.
Para esta reunião com os secretários de Estado da Educação foram convocadas várias associações sindicais ligadas a esta área. André Pestana considera que não foram dadas as condições necessárias a estas estruturas para poderem expor os seus problemas.
“Fomos avisados às 14 horas de ontem para marcarmos presenças numa reunião às 10 horas do dia de hoje, ou seja, tivemos menos de 24 horas para nos preparar. Além disso, na reunião tivemos apenas direito a uma intervenção de três minutos, sem podermos fazer o contraditório”, alerta, o que inviabilizou pedidos de mais esclarecimentos por parte dos sindicatos.
