S.TO.P acusa Governo de “irresponsabilidade” por manter escolas abertas

O S.TO.P. – Sindicato de Todos os Professores – lamenta que o Governo insista em manter as escolas abertas, quando o sistema Nacional de Saúde se encontra perto da rutura.
Em declarações à RUM, o coordenador nacional deste sindicato, André Pestana, acusa o Governo de António Costa
“irresponsabilidade” ao manter as escolas abertas, quando a maioria dos especialistas “defendia que não podia manter-se o ensino presencial”. Além disso, o sindicato considera ser “uma desconsideração pelos profissionais de
educação, alunos e famílias, mas também de profundo desrespeito pelos profissionais de saúde”. “A questão não é se as escolas vão fechar, é quando vao fechar, mas cada dia de atraso implica milhares de mortes a mais”, acrescentou André Pestana.
Também o Sindicato de Todos os Professores considera o ensino presencial preferível e, por isso, sugeriu ao Governo a adoção de medidas preventivas para o regresso às aulas em Setembro, nomeadamente “redução do número de alunos por turma, separadores acrílicos ou medição corporal diária”. “O Governo não aceitou as propostas do S.TO.P e a falta de medidas vai pôr em causa o próprio ensino presencial”, disse ainda.
Ainda que se percam “cinco semanas para o ensino online”, referiu André Pestana, “é menos mau do que a rutura total dos serviços de saúde”. “Podemos recuperar as semanas em Junho, na Páscoa ou questionar a paragem do Carnaval, mas a vida de milhares de pessoas é irrecuperável”, justificou.
