SpaceFuse. UMinho quer triplicar transferência de calor em motores para ESA

A Universidade do Minho está a trabalhar numa nova geração de motores que poderão vir a ser utilizados pela Agência Espacial Europeia (ESA). O ´SpaceFuse` – Advancing Space Applications through 3D Voxel-based Multi-material Laser Powder Bed Fusion, um projeto exploratório financiado em 175 mil euros pela ESA, tem a duração de 18 meses.

O trabalho será desenvolvido nos laboratórios sediados no pólo da Universidade do Minho em Vale S. Cosme, Famalicão, e é acompanhado por duas empresas nacionais, a Palbit, especializada em ferramentas de corte, e a spin-off da academia minhota, a Extreme Materials (Extremater, Lda), a operar na incubadora Famalicão MADE IN, e que atua no desenvolvimento de tecnologias e componentes para diversas áreas de elevado valor acrescentado, tendo iniciado recentemente a sua atividade na área médica dentária.

Em entrevista ao UMinho I&D, o coordenador do trabalho, Filipe Samuel Silva, avança que a equipa já conseguiu triplicar a transferência de calor nos rotores das turbinas, o que, ao que tudo indica, irá permitir motores mais potentes, eficazes e com menos emissões.

Tipicamente, estes rotores são feitos numa liga chamada inconel. Ora, os investigadores do CMEMS – Center for Microelectromechanical Systems – vão colocar “pequenas áreas em cobre para escoar o calor”, de uma forma mais eficaz em comparação com o inconel. Com esta alteração é possível “triplicar a transferência de calor das paredes desses motores” e aumentar em cerca de 50% a eficiência.

Ao longo dos últimos 10 anos, o CMEMS tem vindo a desenvolver esta tecnologia inovadora de manufatura aditiva híbrida, multi-material, para componentes multi-funcionais.

Quanto à resistência, o entrevistado, que integra a lista dos 2% de investigadores mais citados do mundo, adianta que o objetivo passa por não perder a mesma face ao calor.

Filipe Samuel Silva refere aos microfones da RUM que os principais ´players` europeus, de academias da Alemanha e Países Baixos, estão de olhos postos na inovação made in UMinho. Um sinal do potencial desta tecnologia.


– PODE OUVIR A ENTREVISTA COMPLETA AO UMINHO I&D AQUI – 

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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