Socialista Paula Oliveira diz que apoio do Governo às IPSS “é insuficiente”

A socialista Paula Oliveira admite que o apoio do Governo às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) “é insuficiente”. A vereadora da Ação Social na Câmara de Guimarães espera, por isso, “um reforço” da verba estatal destinada a estas instituições.

Na sessão da assinatura dos protocolos com 99 IPSS do concelho, esta quarta-feira, no Centro Cultural Vila Flor, a autarca lembrou que as dificuldades financeiras que estas instituições enfrentam acabam por afetar diretamente as famílias.

“Vivemos um momento de incerteza, mas, agravando-se esta crise, afeta as famílias, que são o público-alvo destas instituições e espero bem que o Governo, além dos mecanismos que já estão no terreno, como o Plano de Recuperação e Resiliência, vem aí o Portugal 2030, possa haver medidas, sejam pontuais ou mais consistentes no tempo, mais robustas de apoio ao funcionamento das instituições, que bem merecem”, afirmou.

Para a vereadora, o momento que estas instituições atravessam é “muito exigente e difícil”, porque “saímos de um período pandémico, que continua a ter repercussões na vida das instituições, e surge a guerra na Ucrânia, a inflação, o aumento do preço dos combustíveis, eletricidade, água e gás”. “Temos estruturas sociais que têm as portas abertas 24 horas por dias e sete dias por semana e este contexto “traz graves problemas”.

De acordo com Paula Oliveira, há instituições vimaranenses onde o aumento da fatura da energia chegou aos 400%.

No decorrer da sessão, a socialista garantiu que o executivo liderado por Domingos Bragança já prepara o Orçamento Municipal para 2023 e vai manter os apoios às famílias vimaranenses, mesmo que para isso tenha que fazer cortes em outras áreas. “Há algo que nos é muito caro e vamos continuar a apostar, mesmo se tivermos que fazer cortes noutras situações, que é o apoio às famílias e se tivermos que o reforçar vamos fazê-lo”, garantiu.

O apoio municipal será estendido às IPSS, se for necessário, “porque prestam este apoio às famílias, desde a área da infância à terceira ou quarta idade, na área de saúde ou dos cuidados continuados”. “Manteremos esta atenção de acordo com as necessidades e projetos”, finalizou.

Sem contabilizar as bolsas de estudo atribuídas, apoios sociais diretos, como a tarifa social da água, os apoios, no âmbito do Registo Municipal das Instituições de Solidariedade Social de Guimarães, ascenderam “a dois milhões de euros, provenientes do orçamento municipal”.

A Câmara de Guimarães assinou, esta quarta-feira, protocolos com 99 IPSS do concelho, num investimento que ascende a um milhão de euros.

Para este efeito, as instituições submeteram uma candidatura e a atribuição dos apoios teve vários critérios em conta, desde logo a qualidade e interesse dos projetos, a continuidade e qualidade de execuções anteriores e a consistência e adequação do orçamento.

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Liliana Oliveira
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