Sindicatos denunciam que Hosp.Braga não paga horas extraordinárias; Administração nega

A União dos Sindicatos de Braga (USB) alerta que há horas extra feitas por enfermeiros do Hospital de Braga que não estão a ser pagas. O assunto foi levantado, esta sexta-feira, numa ação pública em defesa do Serviço Nacional de Saúde, inserida na campanha da CGTP ‘Defender e reforçar o Serviço Nacional de Saúde – Público, Gratuito e Universal’.
Em causa estará um trabalho adicional até 20 horas por mês que não é compensado financeiramente, transitando para um banco de horas, que, no entender de Raquel Gallego, constitui “uma ilegalidade”. Só acima desse período, explica, é que existe uma remuneração.
“As horas extraordinárias têm de ser pagas e deveriam ser utilizadas para fazer face a um imprevisto. Como há falta de recursos humanos, utilizam as horas extraordinários como fosse mais um elemento”, acrescenta, criticando o facto de “o conselho de administração ter tomado esta decisão de fora unilateral”.
Conselho de administração assegura que “todas as horas extraordinárias são pagas”
Contactado pela RUM, o conselho de administração confirma que o Hospital de Braga tem implementado “um saldo horário mensal até 20 horas, quer positivas, quer negativas”, e que, “quando o saldo horário excede as 20 horas, são pagas horas extraordinárias aos profissionais”.
Por conseguinte, refere, este saldo horário permite que “os turnos de trabalho sejam organizados, sempre que possível, de acordo com as preferências manifestadas pelos colaboradores”, dando o exemplo de que “um profissional pode, sem prejuízo, tirar um dia de folga num determinado dia, não cumprindo a carga horária mensal preconizada, e compensá-la no mês seguinte”.
“O Conselho de Administração do Hospital de Braga reitera que esta prática não constitui qualquer ilegalidade e reforça que todas as horas extraordinárias são pagas pela instituição”, garante.
