Sindicato diz que há escolas que escondem casos de alunos com Covid-19
O Sindicato de Todos os Professores (STOP) diz que tem recebido várias denúncias de professores que têm alunos infectados nas suas turmas e que os casos são escondidos pelas escolas.
À RUM, o coordenador nacional do Sindicato, André Pestana, revela que os professores sabem dos casos “não pela direcção da escola” mas “pelos próprios colegas dos alunos infectados”. De acordo com o sindicato, os directores justificam a suposta omissão dos casos junto dos professores para “não criar pânico”.
“É gravíssimo quando há este tipo de secretismo e ‘lei da rolha’. Gera desconfiança e é um direito dos encarregados de educação saberem se há focos de infecção nas escolas”, refere André Pestana, desvendando que as denúncias chegam de diversos pontos do país.
O número de denúncias recebidas pelo STOP foi um dos motivos para o sindicato ter convocado uma greve para entre os dias 30 de Novembro e 4 de Dezembro. Os pré-avisos de greve já foram enviados às entidades competentes mas o sindicato admite reunir-se nos próximos dias com o Governo para evitar a paralisação. Até lá, exige que seja criado um protocolo que torne uniforme as medidas a adoptar em cada escola quando há conhecimento de casos positivos.
André Pestana diz que “é surreal que, desde Março, ainda não haja um protocolo” que explique as medidas a tomar “tanto ao nível da prevenção, pela falta de medição de temperatura à entrada de muitas escolas e da ausência de acrílicos que separem alunos e professores” mas também “em termos de actuação quando surgem casos”.
“Há escolas que fecham quando há um caso de Covid e outras que continuam abertas com as turmas do aluno infectado a frequentarem as aulas sem testarem”, denuncia.
