Segurança. Lista M defende maior fiscalização; Lista A aposta em medidas preventivas

As duas candidatas à presidência da associação académica admitem que a segurança na Universidade do Minho é uma preocupação. No debate organizado e moderado, esta quarta-feira, pela RUM, recordaram as denúncias de assédio sexual, que aconteceram há um ano.
Para Inês Castro, “a falta de segurança tem de ser efetivamente resolvida”, considerando que “algo está errado se nem dentro da própria universidade os estudantes conseguem estar seguros”.
Fazendo alusão à concentração organizada pelo movimento ‘Onde está a ação social?’, que decorreu no início de novembro, a candidata da Lista M critica a atuação de quem vigia os campi. “É muito estranho quando os estudantes estão no seu direito de fazer uma concentração e os seguranças vêem-se na obrigação de intervir, mas, depois, estes casos [de assédio] acontecem”, exemplifica.
Já Margarida Isaías admite que “os serviços de segurança possam ser reforçados”, mas considera que “não são de toda a solução”. Elogiando o caminho que a Universidade do Minho tem feito nesta matéria desde o momento em que foram conhecidos os episódios supracitados, lamenta que a estratégia desenvolvida pelo grupo da academia minhota dedicado ao tema ainda não foi aprovada.
Logo que haja luz verde, a candidata da Lista A, que faz parte dessa equipa de missão, alerta para a importância de serem alocados os recursos humanos e financeiros necessários para a concretizar.
Neste âmbito, a atual presidente adjunta interna da AAUMinho defende ainda três medidas: a criação do Código Institucional de Conduta para a Prevenção do Assédio, a revisão do Regulamento Disciplinar do Estudante e a disponibilização de um serviço de apoio especializado para a vítima.
Esta última também é defendida por Inês Castro, que denuncia “a falta de psicólogos” na Universidade do Minho.
“Na nossa universidade só temos um psicólogo para 20 mil estudantes. Há filas de espera enormes para a marcação de consultas. Nós sabemos que o assédio é uma realidade constante. Como é que uma vítima se pode sentir segura se nem o apoio necessário tem?”, questiona.
