Segunda residência de autonomização da CERCI Braga em funcionamento no início de abril

A segunda residência de autonomização e inclusão da CERCI Braga – Cooperativa de Educação e Reabilitação para Cidadãos Mais Incluídos – deverá estar em funcionamento na primeira semana de abril. O acordo de cooperação com a Segurança Social já foi assinado, mas a Cooperativa não será ressarcida do esforço financeiro que fez, o ano passado, para que estas estruturas não encerrassem.
“Tivemos desde o verão com muitas dificuldades em manter as residências a funcionar, porque a verba tardou em chegar. No final do ano passado, conseguimos celebrar o primeiro acordo e, finalmente, conseguimos, agora, concluir este processo”, começou por explicar a presidente, Vera Vaz.
Em causa está um apoio mensal, de 16 mil euros, atribuído pela Segurança Social, para garantir “as respostas sociais”. “Todo o valor que nós despendemos para termos em funcionamento a resposta até ao final do ano foi das contas da cooperativa. Não houve reposição de valor”, acrescentou a responsável.
Entre outubro e dezembro, a CERCI Braga recebeu “um apoio especial”, de oito mil euros mensais, metade da verba necessária para garantir o funcionamento de uma estrutura. Este esforço financeiro, confidenciou Vera Vaz, “teve impacto nas contas da Cooperativa e na disponibilidade para poder investir noutras respostas”.
Cada residência acolhe cinco jovens adultos e o objetivo é torná-los “o mais autónomos e integrados possível”. “São pessoas que, independentemente de terem deficiência intelectual, têm capacidades e têm autonomia para, com o devido apoio, se tornarem autónomos”, lembrou. Algumas destas pessoas, acrescentou a presidente, precisam de ajuda em coisas tão simples como “tomar um medicamento”, por não terem “capacidade de leitura ou de interpretação, por exemplo, de uma bula”. A CERCI treina “as competências domésticas, simples, para que sejam eles próprios a manterem a casa habitável”.
