Secretária de Estado diz que Barcelos está na “linha da frente” da integração social
A secretária de Estado da Igualdade e Migrações elogia a postura da Câmara de Barcelos no acolhimento de cidadãos estrangeiros. Isabel Almeida Rodrigues marcou presença, esta quarta-feira, na inauguração do Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes (CLAIM), sediado no Balcão Único do Município.
Segundo a governante, a autarquia minhota tem demonstrado “inteira disponibilidade” nesta área e estado “sempre na linha da frente na implementação de medidas públicas que pugnam por uma menor e, se possível, inexistência de discriminação e pela igualdade de oportunidades para todas as pessoas do concelho”.
O protocolo para a instalação desta valência foi assinado entre a Câmara de Barcelos e o Alto Comissariado para as Migrações (ACM). Trata-se da 155.ª estrutura da rede CLAIM, criada há 20 anos. José Reis, vogal do conselho diretivo do ACM, admite que, quando foi fundada, “poderiam existir dúvidas sobre se faria sentido”. No entanto, duas décadas volvidas, “o que antes era pertinente é agora premente”.
“É necessário que haja uma resposta estruturada local e todos estejamos empenhados em arranjar respostas para as pessoas que chegam ao nosso país para fazer e ter uma vida melhor”, frisa.
O fluxo migratório mais recente a nível mundial e no concelho, em particular, verificou-se com ucranianos. Em menos de um ano, Barcelos recebeu 287 pessoas oriundas do país, sendo que perto de 100 residem atualmente no território.
Além disso, antes da guerra eclodir, o número de estrangeiros em solo barcelense tinha duplicado em quatro anos. De acordo com os dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, havia 1704 em 2021, mais 923 do que em 2017. De um total de 70 nacionalidades, a comunidade brasileira representava mais de metade (893), seguindo-se os cidadãos ucranianos, espanhóis e venezuelanos.
Para o presidente da Câmara de Barcelos, esta “nova realidade obriga a um trabalho cada vez mais profícuo na integração, igualdade e interculturalidade”. Nesse sentido, frisa Mário Constantino, o município quer assumir “um papel cada vez mais relevante na implementação de políticas públicas, possibilitando uma maior adequação das respostas através dos serviços descentralizados e com um atendimento mais personalizado”.
