Presidente alerta: “Se o vírus entra na corporação é uma grande complicação”

São todo o ano necessários, mas até esta pandemia chegar, os Bombeiros Voluntários eram homenageados e ajudados, sobretudo durante a época de incêndios. O início de 2020 deixou-nos a todos em alerta, preocupados e com medo. Sentimentos do dia-a-dia que por vezes são um falso alarme para quem está no quartel pronto a sair e ajudar. Segundo o presidente dos Bombeiros Voluntários de Braga (BVB), os bombeiros “têm saído mais”, atravessam várias dificuldades, entre elas, a falta de equipamentos de protecção necessários, e correm riscos que podiam ser evitados se a população seguisse os conselhos da Direcção Geral de Saúde (DGS).

“A última coisa que gostaríamos era de ter os nossos bombeiros contaminados. Se o vírus entra numa corporação destas é uma grande complicação”, começa por avisar. Segundo António Ferreira, os exemplos de risco são muitos, assim como o comportamento de muitas pessoas. “Há pessoas com um pouco de tosse e já acham que estão infectadas, e há também quem tenha sintomas de covid-19 e não diz julgando que assim é mais fácil ser transportado para o hospital”, revela.

Aos microfones da RUM, António Ferreira assume que os Bombeiros Voluntários de Braga “não têm os equipamentos necessários em quantidade suficiente”. Os kits só podem ser usados uma vez. As batas e os kits de hemodiálise são exemplo disso mesmo. “Podemos ter hoje, mas já não temos amanhã. Temos muita dificuldade em ter a quantidade suficiente e os próprios fornecedores também”, denuncia o presidente dos BVB.

Ainda assim, a ajuda de particulares e empresas tem chegado à corporação. “Algumas empresas e particulares têm-nos telefonado e têm cedido algumas caixas com luvas, algumas caixas com máscaras, com batas descartáveis e já nos ofereceram líquido que, como calculam, gastamos muito para desinfecção e lavagem de mãos”, conta. Gestos que merecem elogios e agradecimentos por parte do presidente dos Bombeiros Voluntários de Braga que não esconde que na actual situação, “o stress, a preocupação e o receio se apoderam de toda a gente”.

“Tentamos tentado fazer e cumprir com a nossa missão. Tem havido muita formação perante uma pandemia destas”, assegura.

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Elsa Moura
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