“Se não fosse a PAC, os preços que chegam ao mercado seriam muito maiores”

Isabel Estrada Carvalhais considera que a pandemia e a guerra na Ucrânia vieram acentuar a importância da Política Agrícola Comum (PAC). A ideia foi defendida em entrevista à RUM, gravada nos estúdios do Parlamento Europeu, em Estrasburgo, e emitida esta segunda-feira, no Dia da Europa.
Criado há 60 anos, um dos mecanismos de apoio mais antigos da União Europeia terá uma dotação de 336,4 mil milhões de euros no novo quadro financeiro plurianual, 2021-2027.
A eurodeputada eleita pelo PS refere que, por vezes, é “passada a ideia de que estes fundos servem para dar dinheiro a latifundiários, sem se perceber que têm sido o garante da sobrevivência de muitos pequenos e médios agricultores e de muita agricultura familiar”.
Não escondendo que esta política “deveria funcionar melhor” e ser “mais redistributiva”, segundo Isabel Estrada Carvalhais, “as pessoas começam a perceber a importância da PAC, pelas “piores razões”, relacionadas com a pandemia e com a guerra.
“Se não fossem estes apoios, através da Política Agrícola Comum, os preços que chegam ao mercado, por muito altos que nos pareçam, seriam muito maiores”, refere a eurodeputada que integra a Comissão da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, enaltecendo ainda o facto de “nunca ter faltado nada, qualquer produto, nos mercados” durante este período.
