“Se mantivermos as medidas teremos um verão quase normal”

Se a dinâmica de vacinação não sofrer alterações e os portugueses não descurarem dos cuidados a ter para evitar a propagação da Covid-19, a pandemia poderia estar controlada no final do verão. Esta é a meta apontada pelo infecciologista Alexandre Carvalho. 

Ainda assim, alertou o também docente na Escola de Medicina da Universidade do Minho, “este é um vírus que veio para ficar, ainda que com outras nuances no futuro”. “Historicamente, estas pandemias podem durar entre um ano e um ano e meio e estamos no limiar do fim ou do controlo da pandemia”, disse em entrevista à RUM. 

O ritmo de vacinação vai permitir que dentro de aproximandamente um mês estejam a ser vacinas as pessoas da faixa etária dos 50 anos, “com a logística montada, é uma questão de manter o ritmo e a sociedade não esmorecer, provavelmente, vai-nos permitir um verão quase normal e um outono já muito perto da normalidade”, apontou. 

Alexandre Carvalho acredita que o próximo inverno faça aumentar o número de casos, mas “estando muita gente vacinada o vírus tem pouca oportunidade de infetar”. “Esta é a nossa grande arma”, sublinhou.

Ainda assim, referiu o médico, é muito importante que todos mantenham os cuidados. “Estamos num período crítico em que, com o bom tempo, as pessoas se vão sentir livres e vão voltar a andar à vontade”, alertou. 

“Acho que estamos a caminhar para uma nova era: o fim da pandemia”

As notícias que nos chegam de outros pontos do mundo, exceto da Índia e Brasil, dão sinais positivos, quanto à evoluação da doença, uma vez que “parece haver uma diminuição da transmissão” da doença. A isso alia-se o facto de as variantes não se terem mostrado “tão temíveis” e as vacinas continuarem a ter bons resultados no combate a estas novas variantes.


 “Ultrapassando estas próximas semanas sem um aumento significativo de casos o caminho é bom e provavelmente estaremos numa situação quase normal”, afirmou Alexandre Carvalho.

Em território nacional, “as perspetivas são boas”. Ainda que possa surgir um aumento de infetados, o docente acredita que este será localizado, com surtos geográficos, “mas nunca aquele aumento de casos preocupante com sobrecarga para o Serviço Nacional de Saúde” e que deverá ser “controlável pelas medidas de saúde pública”. “Acho que estamos a caminhar para uma nova era: o fim da pandemia”, finalizou. 

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Liliana Oliveira
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