Se dentro de 50 anos a UMinho não tiver um unicórnio a sua estratégia falhou

Se dentro de 50 anos, a Universidade do Minho não tiver um unicórnio a sua estratégia falhou. Quem o diz é o professor da Escola de Economia e Gestão, Fernando Alexandre, que está responsável por desenvolver o estudo “A UMinho e a transformação da região” que será apresentado oficialmente em março.
São considerados unicórnios startups que valem, pelo menos, mil milhões de dólares. Atualmente, Portugal tem cinco, sem contar com a Farfetch, são elas: Talkdesk, OutSystems, Feedzai, Remote e SWORD Health.
Em entrevista ao UMinho I&D, o investigador do Núcleo de Investigação em Políticas Económicas e Empresariais (NIPE) acredita que o unicórnio será o resultado de uma estratégia, que tem de ser definida, construída a partir da capacidade de investigação, já existente, e beneficiando da forma como a academia está atenta quer à sociedade quer à economia.
“Estou muito seguro mesmo. Não há nenhuma razão objetiva para não podermos estar na linha da frente até pelos resultados ao nível de patentes e da geração de valor económico a partir da ciência que produzimos. O que temos de ter é um ecossistema, que precisa de ser melhorado nomeadamente na capacidade de atração de capital, para podermos transformar essas ideias em tecnologias e as tecnologias em produtos e serviços com valor económico. Quando isso acontecer, o objetivo não pode ser outro. O unicórnio é um símbolo, por isso, se formos bem sucedidos nesta estratégia vamos ter unicórnios a surgir. Aliás, se não tivermos falhamos”, afirma.
Nos últimos anos, a UMinho tem arrecadado o título de academia com mais patentes registadas. Em 2023 foram 69 que incluem inovações médicas, biotecnológicas, de condução autónoma, de fabrico, de produção e de construção, entre outras. Além disso, a UMinho detém 55 spin-offs ativas. Em 2021 eram 40 com um volume de negócios de 19,2 milhões de euros.
Questionado sobre o impacto económico da instituição na região Norte, nos últimos 50 anos, Fernando Alexandre aponta para março. “Pretendemos apresentar os cálculos e estudos de caso para mostrar que com parcerias com empresas e associações conseguimos afetar uma parte significativa da população”, refere.
– A ENTREVISTA COMPLETA AO UMINHO I&D ESTÁ DISPONIVEL AQUI –
