SC Braga. Proibição de críticas à arbitragem avança de imediato

Ao contrário do que António Salvador tinha adiantado esta segunda-feira, a proibição de qualquer elemento do SC Braga falar de arbitragem vai entrar já em vigor. O clube minhoto apela aos restantes emblemas, à Liga Portugal, à Federação Portuguesa de Futebol e ao governo que se associem a este movimento.
Num comunicado publicado esta manhã no site do clube, a direcção anunciou que vai introduzir no seu regulamento interno, “com efeitos imediatos, a proibição de qualquer comentário público à actuação das equipas de arbitragem, estendendo esse compromisso até final da temporada 2020/21”. Inicialmente, o presidente dos arsenalistas tinha afirmado que a medida só entraria em vigor no início da próxima época.
Não deixando de salientar que considera ser “a equipa mais prejudicada pelas arbitragens em 2018/19 e ao longo das 24 jornadas da época em curso”, como tinha dado nota há um mês , o SC Braga afirma que a medida é “essencial para apaziguar o clima que rodeia o futebol português, onde não se distinguem as críticas fundadas e fundamentadas do simples ruído”.
SC Braga lança repto às diferentes entidades, incluindo ao Conselho de Arbitragem
O emblema minhoto espera também que “outros clubes se manifestem, que a Liga seja taxativa e que a Federação Portuguesa de Futebol também saibam expressar, de forma clara, de que lado se posicionam” e
que “tenham coragem de aproveitar esta oportunidade única para que, de uma vez por todas, o futebol e o desporto evoluam para outro patamar”.
O SC Braga estende ainda o desafio ao governo, que considera ter “a autoridade e a capacidade para conduzir este movimento”, esperando que o seu “poder de iniciativa e de liderança permitam a consecução de um período de tréguas, essencial para que se possa fazer evoluir um sector de actividade tão importante para o país”.
“É decisivo que Governo, FPF e Liga estejam concertados e que promovam, com caráter de urgência, uma reunião alargada com todos os clubes a fim de se estabelecer um compromisso – se não imediato, com vista à próxima época – para um período de tréguas generalizado e que deve também procurar sensibilizar os responsáveis máximos pelo espaço mediático português”, acrescenta.
Segundo a medida sugerida pelo SC Braga, o Conselho de Arbitragem, responsável pelo sector, deverá “monitorizar de forma detalhada este período e apresentar publicamente, no termo da próxima época, as conclusões verificadas, expressando de forma taxativa se o período de tréguas foi benéfico para o sector ou se as carências são mais profundas e exigem medidas internas”.
