SAD do SC Braga atinge resultado positivo superior a 20 milhões de euros

A SAD do SC Braga alcançou um resultado líquido positivo de 20,4 milhões de euros e um EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 29,8 milhões. Estes dois indicadores, os segundos melhores da história da sociedade, fazem parte do relatório e contas referente à última época, divulgado esta quinta-feira.


O total de rendimentos atingiu o volume mais elevado de sempre, cifrando-se em cerca de 78 milhões. Neste âmbito, os rendimentos operacionais, excluindo operações com direitos de atletas, superaram os 27 milhões, tendo sido registados, segundo a nota explicativa anexa ao documento, “valores recorde em segmentos como corporate, merchandising e publicidade”.

Já os rendimentos líquidos obtidos em operações com direitos de atletas ascenderam a 49,8 milhões de euros, essencialmente resultantes das vendas dos atletas provenientes da formação, David Carmo, para o FC Porto, e Vitinha, para o Olympique Marselha. “Foram, respetivamente, a cifra mais elevada praticada na transferência de um atleta profissional entre duas equipas portuguesas e a venda (e mais-valia) de maior valor alguma vez atingida pela Braga SAD desde a sua fundação”, destaca a sociedade liderada por António Salvador.

Por seu turno, a evolução verificada ao nível dos gastos operacionais (excluindo operações com direitos de atletas), que ascenderam a 45,2 milhões, decorre, fundamentalmente, do “crescimentos das rubricas de fornecimentos e serviços externos”.


Passivo aumenta, mas ativo cresce ainda mais

O ativo da SAD do SC Braga atingiu os 118,6 milhões de euros na época 2022/2023, crescendo 30% face à temporada transata, influenciada pelo “investimento efetuado na Cidade Desportiva, valores a haver de terceiros (em particular decorrentes da alienação de direitos de inscrição desportiva de atletas) e o valor do respetivo plantel”.

“Neste caso concreto nunca deverá ser descurada a sua considerável subavaliação, que, mensurado ao custo de aquisição, não reflete o efetivo valor de mercado, especialmente no que respeita aos jovens formados na Cidade Desportiva, inequivocamente um dos principais ativos da sociedade”, acrescenta o documento.

O passivo também aumentou, 14%, chegando aos 56 milhões. Esta variação é explicada sobretudo pelas contratações de Joe Mendes, Serdar Saatci, Sikou Niakaté, Simon Banza e Victor Gomez, num total de 9,8 milhões de euros, e pela edificação da segunda fase da Cidade Desportiva e do Mini-Estádio, 11,2 milhões no exercício em questão.

Fazendo um contraponto entre o ativo e o passivo, os capitais próprios cifram-se nos 62,7 milhões, o montante mais elevado de sempre e que leva a uma autonomia financeira de 53%, mais sete pontos percentuais do que na temporada transata. 

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Tiago Barquinha
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