Rui Tavares apela a entendimento da esquerda em Braga

O líder do Livre esteve, esta sexta-feira, em Braga, numa empresa ligada à área do calçado que aposta na economia circular. A Zouri conseguiu recentemente fechar uma colaboração com a O’Neill, sendo um importante passo para a empresa, que é também pioneira no uso de um biomaterial que contém cortiça e que dará origem a uma nova linha de calçado. Além disso, já é hábito a Zouri utilizar plástico recolhido das praias nas linhas de sapatilhas que cria. 

Para Rui Tavares a empresa bracarense “une várias linhas de pensamento do Livre”, ao nível da economia circular e ao “trazer tecnologia para a indústria, ao não deixar perder o conhecimento de manufaturas e, com isso, incorporar mais valor no produto” made in Portugal. 

O Livre tem como objetivo “valorizar as pessoas e o conhecimento do território”, defendendo ser esta “a solução para termos uma economia de alto valor acrescentado, que paga salários mais altos, que posiciona Portugal mais alto na escala de valor global e que permite reforçar a Segurança Social e ter serviços púbicos de excelente qualidade”. 

O candidato do Livre por Lisboa considera que as pequenas empresas devem ser mais apoiadas pelo Governo, porque são elas “o esqueleto da economia portuguesa”. “Muitas delas são micro e pequenas e médias empresas que passam muito do seu tempo a fazer trabalho burocrático e menos a fazer aquilo em que são boas”. 

Além disso, evidenciou Rui Tavares, “não conseguem aceder a fundos europeus, porque o Estado não tem a  visão de atuar como catalizador do associativismo dessas empresas”. O Livre quer ajudar a criar “900 mil PME’s, através da agência nacional de transferência do conhecimento ou de uma regionalização, que veja a partir do terreno aquilo que o Terreiro do Paço não vê”.  

“Não vale a pena estar a pressionar os eleitores para uma maioria absoluta”

Para a candidata do Livre por Braga, Teresa Mota, a presença de Rui Tavares no distrito “é um passo muito importante” para conseguir o objetivo de reforçar a votação do partido no distrito.  “O Rui veio dar-nos uma grande força não só a estar aqui, mas a ser eleito no dia 30″, disse a candidata. 

E sobre a eleição de deputados pelo Livre, Rui Tavares foi claro: “Não vale a pena estar a pressionar os eleitores para uma maioria absoluta. O eleitorado não gosta de ser pressionado, ainda há tempo de arrepiar caminho e mostrar vontade de convergência e entendimento à esquerda”, referiu.

“Se a esquerda fizer um discurso diferente e mostrar que está ocupada em construir pontes, ela pode crescer”, admite o candidato por Lisboa, apontando para uma “ecogeringonça”, que inclua o Livre.


Recorde-se que, esta sexta-feira, uma sondagem da Universidade Católica para a RTP, Antena 1 e Público, o Livre conta com 2% nas intenções de voto e a possibilidade de eleger um a dois deputados.

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Liliana Oliveira
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