Rio realça “capacidade de investimento”. Oposição lembra que é ano eleitoral

O relatório de gestão e contas de 2020 foi aprovado com os votos favoráveis da coligação Juntos por Braga e os votos contra dos vereadores do Partido Socialista e da vereadora da CDU. Ricardo Rio destacou ontem a “capacidade de investimento” do município de 16 milhões e cem mil euros, referindo que em ano de pandemia a autarquia não deixou de realizar obra.

Na reunião, que decorreu pela primeira vez em formato presencial em 2021, Ricardo Rio sustentou que o relatório “não é o que gostaria”, mas deixa o executivo “extremamente satisfeito com o que foi possível fazer em tempo de pandemia”. Destacou a execução de projetos de grande envergadura contribuindo para o equilíbrio financeiro da CM de Braga e deixou uma palavra de reconhecimento, nomeadamente à direção de gestão.

Entre os projetos destacam-se perto de 3 Milhões de euros em infraestruturas educativas, quase 3 milhões de euros também em mobilidade e mais de 5 milhões na requalificação do Mercado Municipal de Braga. Já pelas freguesias foram distribuídos seis milhões e seiscentos mil euros, de acordo com este relatório.

Oposição reprova relatório mantendo sentido de voto do orçamento


Artur Feio, do PS, afirma que os resultados “mostram que a cidade de Braga merece um destino diferente” nas próximas eleições autárquicas.

Os socialistas, à semelhança da votação para o orçamento, votaram contra. Artur Feio criticou o acréscimo da dívida a fornecedores e referiu que os resultados “mostram que a cidade de Braga merece um destino diferente” do que é traçado pela coligação de direita. Ora, sobre a dívida a fornecedores, o autarca social democrata admitiu que é “inequívoco que aumentou”, mas alertou para a necessidade de distinguir entre fornecedores genéricos e a SGEB.

Ainda sobre este relatório, o vereador do PS considera que este foi um ano “de grandes aquisições por parte do município numa perspetiva pré-eleitoral”. “É caricato que em 2016 e 2020 tenha acontecido o mesmo fenómeno. Um movimento que percebemos bem politicamente”, ironizou.


Vereadora da CDU, Bárbara de Barros, “estranha desinvestimento na cultura e no desporto” e diz que é possível ir mais longe na redução das taxas municipais

Para a vereadora da CDU, Bárbara de Barros, as prioridades da maioria “não estão ajustadas aos principais interesses dos bracarenses” e por isso votou contra este relatório, à semelhança do que tinha feito no orçamento.

Sobre a receita e a taxa de execução de receita por via do recebimento das taxas municipais, a vereadora da CDU diz que o relatório “confirma a necessidade da proposta da CDU de diminuir a taxa de IMI para as famílias mais carenciadas” e comprova também que “seria possível ir mais longe”.

Já sobre a despesa, Bárbara de Barros disse “estranhar” que a taxa de execução na cultura tenha baixado relativamente ao investimento em 13% num ano em que foi aprovada a estratégia cultural para o concelho. “É mau sinal”, notou. Na área do desporto, a mesma mensagem. A vereadora recordou que o investimento desceu em 33% face ao ano anterior, mesmo com a contabilização de investimentos em projetos que vêm de trás. Caso contrário, sublinhou, “a taxa de execução seria ainda inferior”. Sobre os comparativos da vereadora da CDU, Ricardo Rio disse que “são sempre perigosos” quando se referem apenas a questões de investimento lembrando que “é normal desinvestir quando no ano anterior se investiu mais numa determinada área”. Em jeito de conclusão, a vereadora e candidata à CM de Braga afirmou que o relatório “nota que as prioridades e opções traçadas (e rejeitadas pela CDU) não eram as melhores”.

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Elsa Moura
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