Rio “expectante” com linha de alta velocidade. CMB ainda não foi ouvida

O presidente do Município de Braga está “expectante” em relação à linha de alta velocidade que vai encurtar para 2 horas a viagem até Lisboa e em meia hora a ligação a Vigo. Ricardo Rio afirma, aos microfones da RUM, que esta é “uma enormíssima mais valia que só peca por tardia”. Recorde-se que Braga ficará ainda com uma ligação, de 57 minutos, com o Aeroporto Francisco Sá Carneiro, uma grande mais valia para o turismo da cidade, na ótica do edil, além de contribuir para uma mobilidade mais suave e amiga do ambiente.
Contudo, Rio lamenta que as entidades que tutelam esta área não tenham, até ao momento, envolvido a autarquia na formatação de soluções, assim como na avaliação de implicações no território. “Estamos neste momento a finalizar o nosso processo de revisão do PDM e este será um aspeto a ter em conta em termos de acessibilidades e limitações às construções”, alerta o autarca bracarense.
Quando questionado pela Universitária sobre a localização da nova Estação Ferroviária de Braga, o edil garante que a decisão não está fechada, porém, o local, até agora identificado, foi o “utilizado no estudo base anterior para o TGV”, no norte do concelho, ou seja, entre as freguesias de Ferreiros e Semelhe.
No que toca à Central Intermodal, ficará em stand-by, visto que o foco está na “valorização do Centro Coordenador de Transportes”. O objetivo do executivo é que, durante este mandato, seja encontrada uma solução para a infraestrutura, especialmente, no que toca à melhoria das condições de funcionamento.
O presidente revela, contudo, que a intermodalidade já está a ser tida em conta no estudo do traçado das possíveis linhas do BRT – Bus Rapid Transit – que será um dos serviços de transporte que terá de ser articulado, no futuro, com a nova central.
A primeira fase do projeto da Linha de Alta Velocidade irá incidir sobre o troço Braga-Valença, orçado em 1,25 mil milhões de euros, sem paragens, entre 2026-2030, assim como na ligação Porto-Aeroporto Francisco Sá Carneiro.
A segunda fase, a partir de 2030, terá por base o troço Nine-Aeroporto. As ligações serão concretizadas em bitola ibérica, de modo a facilitar a ligação com Espanha.
De acordo com o documento apresentado pelo Governo, esta quarta-feira, os estudos deverão arrancar entre 2023-24, a avaliação de impacto ambiental entre 2024-25 e o concurso entre 2025-26, sendo que todo o processo está dependente da articulação com o executivo espanhol.
