Rio acredita que BRT “vai ser transformador” para Braga

O presidente da Câmara de Braga “acredita que o sistema do BRT vai ser transformador” para a cidade e que “vai criar uma fiabilidade de serviço que, infelizmente, os Transportes Urbanos, em malha urbana, não conseguem ter, por força da maneira como a cidade foi estruturada do ponto de vista urbanístico ao longo dos anos”.

No entender de Ricardo Rio, um meio de transporte em canal dedicado “garante um volume de frequência e uma segurança de serviço que pode ser muito importante para a população do concelho”, ainda por cima porque são duas linhas “que acabam por cruzar aquelas que são as grandes fraturas em termos de circulação na cidade”.

Por concretizar, para já, fica a ligação a Guimarães, que, para o autarca, “é também importante numa ótica de articulação entre os dois concelhos”, sendo que, lembra Ricardo Rio, “já foi aprovado, também em sede de Fundo Ambiental, um financiamento de um milhão de euros para a elaboração dos projetos que vão regular essa mesma linha”. Além disso, o social democrata evidencia a necessidade do BRT chegar a outros locais da cidade de Braga, nomeadamente “à nova estação de caminhos de ferro ou ao Nova Arcada”, linhas que “já estão estudadas e que serão implementadas a seu tempo, assim também haja meios de financiamento”.

Financiamento via PRR “é mérito do secretário de Estado Jorge Delgado”

O presidente da Câmara de Braga congratula-se com a mudança de estratégia do Governo face à forma de financiar este projeto. Inicialmente, o primeiro-ministro havia anunciado o BRT para Braga, financiado pelo Portugal 2030, mas, entretanto, o projeto foi inscrito no Plano de Recuperação e Resiliência, tal como defendia Ricardo Rio. Deste modo, explicou em entrevista à RUM, “o financiamento é comparticipado a 100%, enquanto que no Portugal 2030, em condições normais, seriam a 85%”. “Isso é, obviamente, facilitador, porque exige menos alocação de recursos por parte da própria Câmara para concretizar o mesmo projeto”, acrescentou. Além disso, o autarca evidenciou ainda o facto de, “no modelo de gestão do PRR, terem sido desoneradas algumas das questões administrativas, que normalmente estão associadas aos processos de financiamento, aos processos de contratação”.

Ricardo Rio admite que houve pressão, desde o início, por parte da Câmara Municipal para que o financiamento viesse do PRR, mas houve “fundamentalmente mérito, e há que reconhecê-lo, da parte do secretário de Estado Jorge Delgado, que tendo acompanhado ao longo dos últimos meses, de forma muito próxima, o trabalho que estava a ser desenvolvido, conseguiu reconhecer que este é um projeto que tem a maturidade necessária para o PRR”.

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Liliana Oliveira
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