Ricardo Rio: “Há uma vitória inequívoca de Marcelo, com muito mérito pessoal”

O presidente da Câmara Municipal de Braga destaca que as votações no concelho “não foram muito distintas” da realidade global. Ricardo Rio reagiu esta manhã aos resultados das eleições presidenciais.

Em declarações à RUM, o edil começa por dizer que existiu “uma vitória, clara, inequívoca e esmagadora de Marcelo Rebelo de Sousa, com muito mérito pessoal”. O presidente reeleito reuniu 61% da preferência. No que diz respeito aos outros resultados, Ricardo Rio divide em “dois microcampeonatos”, com “ligeiras flutuações” entre concelhos.

“No caso de Braga, houve uma diferença mais significativa entre Ana Gomes (15%) e André Ventura (10,17%). Depois há o resultado de Tiago Mayan Gonçalves que foi superior [ficou uma posição acima no concelho] e uma derrota dos candidatos do Bloco de Esquerda e do PCP, que não chegaram aos 5%”.

Tal como aconteceu a nível global, André Ventura ficou em terceiro lugar em Braga, reunindo 8.433 votos. Ricardo Rio avisa que não se pode ignorar o crescimento do candidato e do partido que o suporta e refere que deve ser “um motivo de reflexão e preocupação para quem quer a democracia a funcionar de uma forma mais equilibrada”.

Destacando que o Chega é “um partido antissistema que recolhe apoios de todos os quadrantes políticos”, o autarca enaltece que é “importante os partidos deixarem de meter a cabeça na areia e de pensarem que apenas está a conquistar simpatia de eleitores que concordam com a sua ideologia”.

Do ponto de vista global, a taxa de abstenção rondou os 60,51%. Em Braga, o valor foi de 49,86%, ou seja, mais de metade dos eleitores foi à urnas. Apesar de enaltecer o maior envolvimento dos bracarenses em relação à população em geral, Ricardo Rio reconhece que os números não são animadores e elenca três aspetos.

“As presidenciais são eleições que não suscitam uma mobilização tão significativa como outros atos eleitorais. Em segundo, houve uma falha ao ter havido menor envolvimento das estruturas partidárias. E há um terceiro e decisivo aspeto que é a questão pandémica que vivemos, que, de forma formal ou informal, tirou muita gente das urnas”, explica.