Ricardo Rio espera que papel das cidades saia fortalecido da Assembleia do Mediterrâneo

A promoção da paz, o combate às alterações climáticas e às catástrofes naturais ou a cooperação económica e cultural. Estes são alguns dos temas em destaque na 18ª Sessão Plenária da Assembleia Parlamentar do Mediterrâneo (APM), que decorre entre quarta e quinta-feira, no Forum Braga.

Perante a participação de cerca de 200 delegados, o presidente da Câmara Municipal considera que os temas em debate têm “uma relevância global”, com “o Mediterrâneo a ser o epicentro de muitas das discussões”. Ricardo Rio fala em “oportunidades de colaboração, não só entre países, mas também entre cidades”. “Há uma dimensão de diplomacia internacional que é feita pelas cidades e que tem de ser posta em valor”, frisa.

O evento reúne presidentes dos parlamentos e representantes de Estados do Mediterrâneo, com o líder da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, a marcar presença na cerimónia de abertura. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, também intervieram, através de uma mensagem gravada.

Para lá das resoluções que podem ser desenhadas, há um impacto “muito relevante” subjacente à organização do evento. Ricardo Rio, que discursou na abertura da sessão, enaltece que Braga se apresenta como “um cartão de visita importante”, tendo em conta a participação de atores políticos internacionais, associada “a uma cobertura mediática bastante alargada”.

A APM, sediada em Itália, foi criada em 2006, no qual os parlamentos nacionais da região euro-mediterrânica e do Golfo estabelecem objetivos estratégicos para a criação de um contexto político, social, económico e cultural melhorado e para promover a cooperação entre os estados-membros. Anualmente, a estrutura reúne em assembleia plenária numa das 31 nações derentes, para abordar os assuntos mais prementes da região e do mundo.