Revista Bracara Augusta é lançada com nova roupagem e “virada para o futuro”

O Município de Braga lançou esta segunda-feira a edição especial comemorativa dos 75 anos da Revista Bracara Augusta. “Virada para o futuro”, a publicação conta com 14 artigos e cinco recensões, ao longo de mais de 300 páginas.

Segundo a Marta Lobo de Araújo, professora associada com Agregação no Departamento de História do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho (UMinho), primeira mulher a ocupar o cargo de diretora da Revista, a edição mantém o rigor académico e pretende continuar a ser uma referência na divulgação de novos contributos historiográficos sobre Braga e a sua região. O trabalho sob sua direção começou em setembro de 2024, com a saída de Luís Alexandre Cabral da Silva Pereira.

Revela que foram efetuadas “várias alterações no sentido de modernizar, mas mantendo a exigência, identidade histórica e matriz cultural” da publicação. Entre as alterações, aponta passaram a permitir artigos em outros idiomas, nomeadamente o castelhano e o inglês, “rasgando horizontes para novas geografias e atraindo novos autores e leitores”, refere. “A imagem gráfica foi alterada e o sistema de submissão, avaliação, publicação e disseminação dos trabalhos foi ajustado pelos padrões internacionais e pelos princípios de globalização, digitalização e livre acesso à ciência”, adianta.

As alterações, aponta a responsável, pretendem “projetar a publicação para o futuro moldado pelas exigências atuais, que se impõem às revistas culturais e científicas”, além de preservar a Revista “enquanto uma mais-valia de um longo percurso”.

Já Francisco Mendes, da direção executiva da Revista, sublinha que os artigos trabalham em três vertentes poder, quotidiano e património, que todos comunicam-se uns com os outros. O Professor Auxiliar do Departamento de História do Instituto de Ciências Sociais da UMinho, que foi um dos responsáveis pela avaliação dos artigos, ressalta que a revista possui “uma relação que não prescinde da programação cultural e científica” com as Universidades.

Para o presidente da Câmara bracarense, Ricardo Rio, as mudanças auxiliam a angariar mais leitores e tornar a revista ainda mais conhecida, “a nacionalizar ainda mais e internacionalizar a revista do ponto de vista dos seus conteúdos científicos”. 

O autarca relembra que a substituição de Luís Alexandre Cabral da Silva Pereira foi uma solicitação do antigo diretor e que a escolha de Marta Lobo de Araújo foi algo “natural”. “Esta revista surge reinventada, fiel à sua identidade, à missão que lhe cabe cumprir, mas com muitas, muitas transformações”, vinca, ressaltando que a ligação entre a vivência da cidade e os conteúdos que “a própria Bracara Augusta vai disponibilizando são também a fonte de uma maior oportunidade de suscitar o interesse de mais autores”, finaliza.

Ricardo Rio adiantou ainda que uma nova edição da Revista já esta a ser preparada para ser lançada no Dia de S. Geraldo, Padroeiro da cidade e primeiro arcebispo de Braga, a 5 de dezembro, com a submissão de artigos já abertas.

A versão online da Revista Bracara Augusta fica disponível para consulta no site oficial, já a versão física vai custar 20 euros e poderá ser adquirida no Arquivo Municipal e outros pontos na cidade, a partir do dia 27, após a aprovação do valor pela Assembleia Municipal.

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Marcelo Hermsdorf
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Jornalista na RUM

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