Residência universitária na Confiança coloca fim a lista de espera nos SASUM

A nova residência universitária na antiga Fábrica Confiança vai colocar um ponto final na lista de espera dos Serviços de Acção Social da Universidade do Minho (SASUM).
Depois da aprovação da proposta apresentada pela Câmara Municipal de Braga em sede de PRR, Duarte Lopes, presidente da AAUMinho assume que no caso de Braga a oferta será praticamente duplicada, o que significa que “cobrirá toda a lista de espera que existe neste momento”, deixando “margem para mais”.
No entanto, alerta, é preciso agir rápido para dar resposta a uma necessidade mais do que conhecida e que coloca muitas dificuldades aos estudantes da Universidade do Minho (UMinho) de há vários anos a esta parte.
O lançamento do concurso público da obra está previsto para os inícios de 2023. O presidente da AAUMinho espera que até 2024 os progressos sejam assinaláveis.
“Ganharmos 750 camas de caráter público junto ao campus de Gualtar deixa-me muito satisfeito”, admitiu em entrevista ao Campus Verbal, lamentando, no entanto, que este problema não fique resolvido em 2023.
“Com um bocadinho de sorte, esperemos que esteja resolvido em 2024 ou, pelo menos, que se tenham feito progressos sérios nesse sentido”, declarou o representante máximo dos estudantes que certamente não será o presidente em funções quando a residência universitária abrir portas. Nesta entrevista ao Campus Verbal, o estudante de Mestrado em Direito assumiu que está de saída da direção da AAUMinho no final do atual mandato.
Dificuldade em encontrar alojamento a preços acessíveis também afeta estudantes internacionais e Erasmus
Não são apenas os estudantes portugueses que escolhem a Universidade do Minho a enfrentrar problemas na procura de casa. O mesmo acontece com estudantes internacionais. Aos microfones da RUM, o presidente da AAUMinho reconheceu essa dificuldade. Segundo o estudante, este ano foi mais difícil para os estudantes internacionais que, em regra, chegam mais tarde. “Sabemos que houve mais dificuldade. Normalmente chegam mais tarde porque não sabem que devem vir mais cedo. Quando vão começar as aulas, em meados de setembro, já têm imensa dificuldade em encontrar alojamento”, explica.
Residência universitária privada é “positiva” e, em simultâneo, “preocupante”
Considerando que “há espaço para todos”, Duarte Lopes lembra que a construção de uma residência universitária privada traz “mais oferta”, ainda que os preços praticados “não sejam os mais interessantes” para o estudante médio. No entanto, a certa altura a procura será limitada o que “forçará a descida de preços”, conclui.
Recorde-se que este ano letivo, a UMinho contabiliza 87 estudantes internacionais e 225 alunos Erasmus, oriundos de 25 países diferentes.
