Relatório internacional reconhece esforço de Guimarães na área climática

A cidade de Guimarães obteve a mais alta classificação pelo esforço na implementação de medidas de mitigação e adaptação climática. O esforço acaba de ser reconhecido pelo Relatório da Carbon Disclosure Project.  Guimarães surge ao lado de cidades mundiais “que estão a assumir uma liderança ousada em ações ambientais e transparência, apesar das pressões de uma situação económica mundial desafiadora”.

Segundo comunicado da autarquia enviado à RUM, apenas 12% das cidades classificadas em 2022 conseguiram classificação máxima (A), pelo esforço que estão a fazer na redução das emissões e pela sua capacidade de criar resiliência aos impactos das alterações climáticas em todo o território. 

Desde 2018, é a quarta vez que Guimarães obteve a classificação de liderança neste relatório. Para obter a classificação A, entre outras ações, uma cidade deve divulgar publicamente por meio do CDP-ICLEI Track e ter um inventário das emissões em toda a cidade. Deve ter estabelecido uma meta de energia renovável para o futuro e ter publicado um plano de ação climática. Também deve concluir uma avaliação de risco e vulnerabilidade climática e ter um plano de adaptação ao clima para demonstrar como enfrentará os riscos climáticos. Muitas cidades da Lista A também estão a realizar uma variedade de outras ações de liderança, incluindo o compromisso político dos seus Presidentes para combater as mudanças climáticas.


As cidades da Lista A, como Guimarães, estão a manifestar a sua liderança climática por via de ações concertadas e efetivas, tal como foi solicitado aos governos nacionais na COP27. Estão a tomar o dobro de medidas de mitigação e adaptação levadas a cabo pelas cidades que não fazem parte da Lista A.

Guimarães e as 122 outras cidades que integram a lista A deste ano também são distinguidas por mostrar que ações climáticas urgentes e impactantes – desde metas ambiciosas de redução de emissões até a construção de resiliência contra as mudanças climáticas – são alcançáveis globalmente e em cidades com diferentes realidades e prioridades climáticas.

Domingos Bragança, autarca local, sublinha que “este é o resultado de um trabalho contínuo e em desenvolvimento, tendo por base o Ecossistema de Governança Guimarães 2030, que incorpora a ação municipal, a academia, o setor empresarial, as associações, as escolas e os cidadãos, e de um elevado compromisso político, que Guimarães está a efetuar ao longo dos últimos anos. Exemplo disso são algumas ações como a descarbonização do transporte público, as ecovias dos rios Ave, Selho e Vizela, a promoção da eficiência energética nos edifícios públicos e de habitação social, a prevenção de riscos naturais (bacias de retenção), a estratégia para a economia circular (rrrciclo), o plano de ação para a circularidade da água (Capt2), os projetos de promoção da natureza e biodiversidade, o alargamento dos espaços verdes e o reforço da educação ambiental e mobilização dos cidadãos (Programa Pegadas e Brigadas Verdes)”.

Recorde-se que Guimarães vai apresentar uma nova candidatura a Capital Verde Europeia, no próximo ano.

O CDP é uma organização mundial sem fins lucrativos que administra o sistema mundial de divulgação ambiental para empresas, cidades, estados e regiões.

Quase 20.000 organizações, em todo o mundo, divulgaram dados por meio da CDP em 2022, incluindo mais de 18.700 empresas com valor de 50% da capitalização de mercado global e mais de 1.100 cidades, estados e regiões. 

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Elsa Moura
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