PS e CDU criticam falta de investimento nos TUB

Os Transportes Urbanos de Braga (TUB) fecharam o ano de 2019 com um resultado líquido de 153 mil euros. O relatório de contas foi discutido na reunião do executivo desta segunda-feira, com PS e CDU a apontar críticas à actual gestão da empresa municipal.

PS critica “inexistência de um plano de mobilidade efectivo” 

Para o vereador do Partido Socialista, os TUB “não atingiram o importante objectivo que era transportar 15 milhões de passageiros até 2020”. Além disso, Artur Feio frisou a “inexistência de um plano de mobilidade efectivo, que leve os bracarenses a utilizar os transportes públicos como alternativa”, bem como a ausência de carregadores para os autocarros eléctricos, recentemente adquiridos.

O administrador da empresa, Teotónio dos Santos, esclareceu que, apesar do objectivo dos 15 milhões não ter sido alcançado, os TUB cresceram, “nos últimos seis anos, 22%”. “Se não atingimos, os outros muito menos, porque só estão a crescer desde que foi implementado o PART (Programa de Apoio à Redução Tarifária), o ano passado. Tivemos coragem de assumir o objectivo e pensamos que estamos a atingir, pouco a pouco, o objectivo de ter cada vez mais pessoas no transporte público”, acrescentou.

Ainda assim, para Artur Feio, “a TUB é uma empresa muito deficitária do ponto de vista financeiro, com um futuro pouco risonho e com uma gestão pouco conseguida”.

CDU alerta para a necessidade de investimento no parque de manutenção de viaturas

Carlos Almeida lembrou que “a intervenção e o investimento no parque de manutenção de viaturas e nas oficinas continua atrasado”. Desde logo, Teotónio dos Santos esclareceu que “o projecto vai ter que ser alterado”, porque a empresa vai “ter uma estação de enchimento para os autocarros a gás natural”, sendo lançado em breve o concurso para a construção da mesma, depois para a aquisição dos autocarros e de seguida a empresa municipal terá “um projecto final para o parque, para ver se consegue algum financiamento”.

O vereador da CDU apontou ainda a necessidade do reforço da frota, que aumentaria o serviço disponível. A este propósito o administrador fez saber que efectivamente “era necessário o aumento da oferta, mas neste momento é ainda mais necessário voltar a ter a confiança dos clientes”, uma vez que os TUB estão apenas com “57% dos clientes”, comparativamente ao mesmo período do ano passado.

Algo que, acrescentou Ricardo Rio, vai ter impacto nas contas do ano 2020, que deverá ser visto como “um ano excepcional”. Perante “a queda substancial no volume de facturação habitual, o resultado no final do ano vai ser muito diferente”.

Teotónio dos Santos acusou ainda o Governo de investir de forma desigual no território nacional.

Em 2019, o transporte de passageiros aumentou 3,99%, chegando aos 2 milhões e 400 mil, e a receita total cresceu 6,2%.

“Os TUB são a melhor empresa pública de transportes do país”

O administrador dos TUB fez ainda saber que quatro autocarros eléctricos já circulam pela cidade e um deles já percorreu 225 quilómetros, com “operação de manhã à noite sem necessidade de recarga”. Mesmo assim, respondendo a Artur Feio, “os carregadores não estão instalados porque houve um problema concursal, mas existem seis de anteriores autocarros”.

O presidente da Câmara comparou ainda os resultados da empresa municipal com os que foram herdados em 2013, sublinhando que teve “todos os anos valores financeiros positivos e menos custos”. “Os TUB são a melhor empresa pública de transportes do país”, finalizou Rio, garantindo não estar preocupado com o futuro da empresa.

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Liliana Oliveira
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