Reitor lembra lado agregador e de proteção aos desfavorecidos de Joana Marques Vidal

O reitor da Universidade do Minho enaltece o papel agregador que Joana Marques Vidal teve no Conselho Geral, que presidiu desde 2021. A magistrada faleceu esta terça-feira, depois de várias semanas em coma.
Rui Vieira de Castro destaca o papel que a ex-procuradora geral da República teve no desenvolvimento da UMinho.
“Joana Marques Vidal teve uma ação pautada permanentemente pela procura do equilíbrio, entendo que uma instituição como a Universidade é necessariamente atravessada por tensões decorrentes da coexistência de perspetivas muito diferentes”, afirmou o reitor.
O responsável destaca ainda que a magistrada “procurava sempre encontrar os pontos de equilíbrio entre as várias perspetivas, mas que pudessem traduzir-se numa convergência em torno dos desenvolvimentos da própria instituição”.
“Garantiu o funcionamento democrático do órgão, procurou assegurar a participação de todos”, disse ainda.
Perante alguns dos “dossiers mais críticos para a Universidade, e que envolviam a necessidade de permanente diálogo com o sistema político, Joana Martins Vidal foi de uma absoluta disponibilidade e de um enorme compromisso na procura de soluções”.
Numa outra vertente da ex-Procuradora Geral da República, Rui Vieira de Castro salienta também “a proteção aos setores mais desfavorecidos da sociedade, designadamente crianças e mulheres”. “Tinha uma colaboração muito intensa no apoio a países em desenvolvimento”, recordou, falando do “valor da justiça e da liberdade”, que Joana Marques Vidal sempre defendeu. “A importância que se atribui ao rigor, à ética comportamental são traços absolutamente fundamentais da sua personalidade”, finalizou.
Joana Marques Vidal faleceu, na terça-feira, depois de várias semanas em coma. O funeral realizou-se esta tarde, em Águeda.
