Reitor alerta para “oportunidade histórica” para o IE na formação de docentes
O Instituto de Educação (IE) tem de aproveitar a oportunidade histórica que decorre da necessidade de professores a nível nacional. A premissa foi defendida pelo reitor da Universidade do Minho durante a cerimónia dos 49 anos da unidade orgânica.
Rui Vieira de Castro acredita que a escola pode fazer mais quer na marcação de posicionamentos públicos sobre a matéria, quer nos diálogos com os decisores políticos, visto que lidera a nível nacional, segundo o ranking de Shangai, na área da educação ocupando o intervalo 151 – 200.
“Uma unidade como o IE, que ao longo de décadas foi construindo muita reflexão, muito conhecimento sobre a formação de professores, sobre os desenvolvimentos do sistema educativo, tem certamente uma palavra importante a dizer”, frisa.
Durante a sessão foram homenageados cinco docentes que se aposentaram este ano, o que demonstra a acelerada transição geracional que se vive na academia. O responsável máximo da academia desafia o Instituto a realizar um Plano de Desenvolvimento de Recursos Humanos, de modo a preparar a estratégia de substituição.
“Essa renovação tem que ser feita não em função de um passado, mas da realidade que nós queremos que seja a nossa realidade futura”, vinca.
O último ano foi de renovação e crescimento, nomeadamente, com a entrada de novos talentos no corpo docente e de investigação através do FCT Tenure, que irão ajudar a desacelerar o envelhecimento da estrutura.
No que toca aos cursos, boas notícias para as licenciaturas em Educação Básica e Educação que preencheram todas as vagas na primeira fase. Nos mestrados, destaque para o arranque com sucesso da formação em ensino das artes visuais com a Escola de Arquitetura.
O IE está consciente que não pode ficar indiferente às mutações na procura pelos cursos. A presidente Beatriz Pereira adianta que estão a ser pensadas novas Unidades Curriculares, de modo a tornar as formações mais completas.
“Podemos ser mais inovadores, contar com o conhecimento que os jovens adquirem através dos meios de comunicação social, em particular a internet, que facilita o acesso ao conhecimento, mas também os leva a ter uma grande diversidade, ou seja, a ter mais dificuldade em focos concretos para aprofundar”, explica.
Bienal de Educação marca 50 anos do IE.
No próximo ano, o Instituto de Educação vai assinalar 50 anos de existência. O momento alto será a Bienal de Educação agendado para a semana de 15 de junho de 2025. A ideia, segundo a presidente, passa por juntar pessoas de relevo no setor para “debater os problemas atuais e como avançar para o futuro da educação”.
