Regionalização .”Um poder mais próximo das pessoas é mais transparente”

José Luís Carneiro está confiante na vitória do Partido Socialista, no próximo domingo. O cabeça de lista por Braga acredita que o país vai dar ao PS “uma maioria estável, para não estar dependente da tática política, cada vez que se aprova um orçamento”. 

O número dois do Partido Socialista garante que “o distrito de Braga estará no centro das prioridades políticas do Governo”. Um dos projetos que José Luís Carneiro garante que não ficará na gaveta é o Hospital de Barcelos, que deverá ser enquadrado na programação do Portugal 2030, admitindo que “é uma infraestrutrua que carece de uma intervenção”. 


No Ensino Superior, o processo das residências universitárias merecerá a atenção do socialista, que promete “sensibilizar o Governo para a urgência do desbloqueio do edifício” da antiga escola de Santa Luzia. Recorde-se que o edifício está ainda na posse da Direção-Geral do Tesouro e Finanças, sendo necessário libertá-lo para a posse da autarquia, para que o edifício possa integrar a candidatura ao Plano de Recuperação e Resiliência e ali possa nascer uma residência universitária. O aumento do número de camas, acrescentou, é necessário para que “a região se continue a afirmar no plano internacional como uma região do conhecimento”. 


Há muito que a reitoria da UMinho espera novidades sobre este dossiê. José Luís Carneiro diz que este tipo de matérias “obdecem a um conjunto de procedimentos morosos, devido a garantias de segurança do património do Estado”. São processos morosos devido à  “dimensão técnica, burocrática e até financeira”. 

Em 1998, o candidato pelo distrito de Braga foi defensor da regionalização. José Luís Carneiro acredita que “um poder mais próximo das pessoas é mais transparente”. “Os cidadãos daqui mais facilmente conseguem saber o que faz o presidente da Câmara do que se as decisões fossem tomadas em Lisboa. Mesmo se houver corrupção, como acontece em muitas estruturas do Estado, os cidadãos também são capazes de ver melhor as falhas que esse poder tem”, acrescentou.

No entanto, este é um assunto que, no entender do PS, deve ficar para 2024, altura em que propõe um referendo sobre o tema. Neste momento, a prioridade dos socialista é a descentralização, “para reforçar as condições em que o poder local presta serviço às suas populações”. Depois de consolidada a descentralização de competência, o PS acredita que o caminho estará facilitado para dar início à regionalização, porque ,”dando prova deste caminho, será interiorizado pelas pessoas de que é um bom modelo”. 


Antes disso, há outras contas a fazer a 30 de janeiro. “O PS está a trabalhar para ganhar”, referiu José Luís Carneiro, que não nega a possibilidade de vir a integrar um Governo socialista. O cabeça de lista pelo círculo eleitoral de Braga admite que responderá “a todos os apelos do secretário-geral”, mas garante que, até ao momento, não tem conversado sobre isso com António Costa.


Ouça a entrevista na íntegra aqui.

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Liliana Oliveira
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