Rede Casas do Conhecimento ganha expressão nacional

A Rede de Casas do Conhecimento vai ampliar a sua ação para o Alentejo. Esta decisão resulta do projeto SAMA “e-Civitas: Expansão inter-regional”, orçado em aproximadamente 500 mil euros. Desta forma, este projeto “emblemático” que foi lançado há 10 anos na Universidade do Minho passa de uma expressão regional a Norte para um nacional.
A literacia digital, de acordo com o reitor da instituição de ensino superior minhota, será o grande desafio desta rede que nasceu com o intuito de aproximar a UMinho das comunidades e, simultaneamente, proporcionar serviços às populações contribuindo para a sua formação. Rui Vieira de Castro realça que há “um conjunto de saberes acumulados pelas universidades e autarquias que colocadas em comum vão gerar novas condições que vão favorecer o desenvolvimento das populações”.
Premissas com as quais a reitora da Universidade de Évora, Hermínia Vasconcelos, está alinhada, sendo que pretende reforçar a ligação da academia com os municípios do distrito assim como da região Norte. Em declarações á RUM, a responsável frisa que esta é uma oportunidade de “beber” da experiência da UMinho nesta área.
Na região do Alentejo, a Casa de Conhecimento está sediada no Palácio de Vimioso.
Além da assinatura do documento de reformulação da Rede de Casas do Conhecimento e do memorando de entendimento, o projeto SAMA permitiu, segundo avançou aos microfones da RUM o diretor da Casa do Conhecimento da Universidade do Minho que está no Largo do Paço, Gualtar e Azurém, José Gabriel Andrade, a criação de um plano de comunicação, um site interativo e um modelo de TV corporativa com vista a facilitar o contacto com o público em geral.
Esta manhã, teve lugar na Reitoria da academia minhota uma Assembleia Geral com todos os representantes das Casas de Conhecimento que compõem a rede, com vista a eleger, para o próximo triénio, uma comissão executiva. Esta é composta pela UMinho, o município de Vila Verde e Paredes de Coura. Os três secretários gerais terão como funções o acompanhamento e gestão da rede, uma vez que está prevista a entrada de três novos parceiros: Arcos de Valdevez, Chaves e Melgaço. No prazo de um ano, estas autarquias deverão ter finalizado a sua sede para a Casa do Conhecimento nestes territórios. Um processo que será acompanhado pela comissão.
A sessão da parte da tarde, contou com a presença do antigo reitor, que acompanhou a criação da Rede de Casas do Conhecimento, António Cunha, agora presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), que falou sobre o tema “A Universidade e o Território. Que desafios?”.
Numa breve análise aos indicadores educacionais, António Cunha frisa o grande caminho que o país e em especial a região Norte têm feito. “Hoje, no escalão etário dos 18 aos 24 anos, quer em permanência no ensino superior, quer em taxas de sucesso escolar no ensino básico e secundário ou em termos de abandono precoce, estamos ao nível dos indicadores europeus e isto foi um grande caminho que o país fez, mas a região Norte com mais mérito, uma vez que há 10 anos estávamos atrás das outras regiões e hoje estamos ao mesmo nível”, declara.
